Mudança de segmento de ensino

Mudanças costumam ser acompanhadas de desafios, ansiedade e inseguranças, e com a mudança de segmento de ensino não é diferente, por isso, é necessário um processo de adaptação.

No post de hoje vamos falar desse assunto e como trabalhar na escola essa mudança. Confira!

O que é mudança de segmento de ensino?

Mudança de segmento de ensino é a transição de uma etapa de ensino para outra, por exemplo, alunos que passam da Educação Infantil para o Ensino Fundamental e deste para o Ensino Médio.

Quando se encerra uma etapa para dar início a uma nova, o desconhecido pode despertar medo, pois os alunos estavam acostumados com a mesma escola, os mesmos professores e os mesmos colegas.

A passagem para o segmento de ensino seguinte acompanha a mudança de escola, de professores, de colegas, de conteúdos, ou seja, há uma transformação da rotina como um todo, o que pode levar crianças e adolescentes a ficarem apreensivos com o que vem pela frente.

Dessa forma, surgem muitas adversidades, pois haverá mais conteúdos, mais tarefas, mais provas, mais desafios e mais responsabilidade conforme avança a passagem de uma etapa para outra mais complexa.

Como ocorre a mudança de segmento de ensino – Educação Infantil para o Ensino Fundamental

Na Educação Infantil, os alunos estão habituados a ter somente um professor em sala de aula, a realizar atividades lúdicas, etapa em que eles desenvolvem a alfabetização e outras habilidades primárias, além de serem mais livres no ambiente escolar, explorando todo o espaço e brincando enquanto aprendem.

Essa etapa é caracterizada pela primeira separação das crianças do contexto estritamente familiar, momento em que elas estabelecem um vínculo afetivo significativo com o professor e desenvolvem a socialização, dificultando a mudança.

O objetivo é ampliar as vivências e os conhecimentos adquiridos no convívio da família e articulá-los às propostas pedagógicas, atuando de maneira complementar à educação familiar.

Na Educação Infantil, conforme estabelece a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o foco do trabalho é proporcionar direitos de aprendizagem de conviver, brincar, participar ativamente, explorar, se expressar e se conhecer.

O Ensino Fundamental, por sua vez, é a etapa mais longa da educação regular, a carga horária aumenta, a organização do ambiente muda, os alunos passam a ter aulas de várias disciplinas com professores diferentes, as atividades se tornam gradativamente mais complexas, mais estudantes em sala de aula, entre outros.

Além das mudanças escolares, eles vivenciam mudanças físicas, sociais, cognitivas e emocionais, comuns na transição da infância para a adolescência. Caso essas transformações não sejam bem conduzidas, elas podem provocar dificuldades de adaptação.

Diferente da Educação Infantil, a proposta da BNCC Ensino Fundamental − Anos Iniciais é a progressão das múltiplas aprendizagens, articulando o trabalho com as experiências anteriores e valorizando as situações lúdicas de aprendizagem.

Desse modo, a mudança de segmento de ensino precisa ser progressiva para possibilitar a adaptação, ao passo em que os alunos começam a adquirir mais autonomia no processo educativo.

Tal articulação precisa prever tanto a progressiva sistematização dessas experiências quanto o desenvolvimento, pelos alunos, de novas formas de relação com o mundo, novas possibilidades de ler e formular hipóteses sobre os fenômenos, de testá-las, de refutá-las, de elaborar conclusões, em uma atitude ativa na construção de conhecimentos.” (BNCC, 2018, p. 57).

Portanto, ao compreender as mudanças no processo de desenvolvimento da criança − como a maior autonomia nos movimentos e a afirmação de sua identidade − a BNCC propõe o estímulo ao pensamento lógico, criativo e crítico, bem como à capacidade de perguntar, argumentar, interagir e ampliar sua compreensão do mundo.

Ao longo do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, a progressão do conhecimento ocorre pela consolidação das aprendizagens anteriores e pela ampliação das práticas de linguagem e da experiência estética e intercultural das crianças, considerando tanto seus interesses e suas expectativas quanto o que ainda precisam aprender.” (BNCC, 2018, p. 59).

Além disso, as experiências para o desenvolvimento da oralidade e dos processos de percepção, compreensão e representação se ampliam. Com isso, os alunos se deparam com uma variedade de situações que envolvem conceitos e práticas científicas e desenvolvem observações, análises e argumentações, potencializando descobertas.

A mudança de segmento de ensino para os Anos Finais precisa de medidas para assegurar aos alunos um percurso contínuo de aprendizagens entre as duas fases do Ensino Fundamental, de modo a promover uma maior integração entre as etapas.

Os alunos passam a ter aulas com professores especialistas dos diferentes componentes curriculares, e costumam apresentar dificuldades para se adaptar diante das muitas exigências que têm de atender, feitas pelo grande número de docentes dos Anos Finais.

As principais mudanças no Ensino Fundamental – Anos Finais vêm da necessidade de desenvolver os conhecimentos, as habilidades, as atitudes e os valores essenciais para o século XXI.

As mudanças próprias dessa fase da vida implicam a compreensão do adolescente como sujeito em desenvolvimento, com singularidades e formações identitárias e culturais próprias, que demandam práticas escolares diferenciadas, capazes de contemplar suas necessidades e diferentes modos de inserção social.” (BNCC, 2018, p. 60).

A mudança do Ensino Fundamental – Anos Finais para o Ensino Médio, etapa final do ciclo da Educação Básica, é caracterizada pela preparação dos alunos para o ingresso no Ensino Superior e a entrada no mercado do trabalho.

Diante disso, as orientações da BNCC para essa etapa estão direcionadas a dar continuidade ao que já foi proposto e está em vigor para as etapas iniciais da Educação Básica.

Os alunos entram em contato com os Itinerários Formativos que direcionam seu Projeto de Vida, por meio dos quais as aprendizagens são sintonizadas com as necessidades, as possibilidades e os interesses dos estudantes, bem como os desafios da sociedade contemporânea.

Como trabalhar na escola?

Oferecer suporte aos alunos na mudança de segmento de ensino é fundamental para que eles se desenvolvam de maneira satisfatória e não reprovem. Algumas atitudes que podem ajudar na adaptação incluem:

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O que facilita a adaptação decorrente da mudança de segmento de ensino, portanto, é dar atenção especial ao processo de alfabetização, pois os alunos estarão mais preparados para novas aprendizagens.

Uma alfabetização plena permite o desenvolvimento máximo da alfabetização e garante todas as habilidades necessárias para atuar na sociedade letrada, que servirão como base para o aprendizado geral.

Para proporcionar uma alfabetização plena, é preciso investir em seu progresso desde a Educação Infantil, momento em que se inicia o desenvolvimento das crianças, e promover também o acesso à cultura, à informação e à leitura.

Desse modo, é necessário estruturar os processos pedagógicos de alfabetização nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, articulando-os às estratégias desenvolvidas na pré-escola, com qualificação, valorização e apoio pedagógico específico para os professores.

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