Boas práticas entre os professores – Como estimular?


Uma escola que deseja aprimorar seu desempenho e obter melhores resultados nos mais diferentes aspectos precisa incentivar que as boas práticas entre os professores sejam compartilhadas.

Essa prática melhora o relacionamento entre os membros do corpo docente, inclusive entre os professores e os gestores, evita que erros sejam repetidos e potencializa a inovação e consequente melhora do ensino na instituição.

Os educadores precisam estar abertos a compartilhar, contudo a escola deve oferecer as ferramentas corretas para que esses profissionais possam trocar experiências, informações e conhecimentos. É uma via de mão dupla que só será efetiva se ambos estiverem alinhados.

Por isso, um dos primeiros passos é realizar o recrutamento e a seleção de professores que se encaixem na cultura organizacional da escola. Tem alguma dúvida de como executar esse processo de forma eficiente? Contamos tudo o que você precisa saber neste post. Aproveitando, temos ainda uma matéria explicando como otimizar a gestão de recursos humanos em sua escola.

Com uma equipe bem alinhada, é hora de estimular o compartilhamento de boas práticas entre os professores de diversas maneiras. Por isso, há algumas sugestões para fomentar essa cultura, seja na sala dos professores, durante as reuniões pedagógicas ou até mesmo em um café com quitutes focado na troca de experiências.

 

Boas práticas entre os professores – Como estimular?

Boas práticas – Espaço para discussões

Caso a sua escola ainda não tenha uma ação nesse sentido, ela não deve perder mais tempo e iniciar um movimento com essa finalidade, por menor que seja o importante é começar. E uma coisa é certa essa transição não será fácil, pois envolve mudança cultural e sabemos que o ser humano tende naturalmente a ser resistente a qualquer tipo de mudança.

Contudo, as escolas que quiserem realmente evoluir e conquistar diferenciais necessitam passar por esse processo, deixando para trás premissas individualizadas, como a de que cada professor deve olhar unicamente para a disciplina pela qual é “responsável”. O papel do educador na escola é muito mais do que apenas entrar na sala de aula e reproduzir o conteúdo no quadro. E isso deve ser entendido tanto pelos gestores quanto pelos próprios docentes.

O principal caminho para alcançar um nível adequado de gestão do conhecimento é a comunicação. A escola deve ter espaços e momentos para discussões abertas, transparentes e produtivas. Seja para debater novas metodologias de processo ensino-aprendizagem, dividir cases de sucesso ou pensar em projetos inovadores. O lugar ou quando deve ser feito essa reflexão e discussão não é o mais relevante, e sim viabilizar essa interação. Por exemplo, as reuniões pedagógicas podem ser aproveitadas também para essa finalidade.

De acordo com o estudo Políticas bem-sucedidas para o desenvolvimento profissional de professores na América Latina e no Caribe, realizado em parceria pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) e a Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO), essa integração deve ir além, sendo fundamental “compreender que a profissão de professor é uma produção coletiva com um impacto significativo no contexto em que se desenvolve. Isso implica ampliar a visão de ensino para além de uma escola em uma comunidade; também implica envolver-se com outras escolas, instituições e organizações, tanto públicas como privadas, de forma que permita assegurar que a profissão de professor gere um impacto social abrangente na comunidade”, explica a matéria que resume a pesquisa.

Boas práticas

Planejamentos colaborativos para estimular boas práticas com seus professores

Depois de ter esse espaço para discussões, é importante fomentar a realização de planejamentos colaborativos. O principal deles seria a formulação do Projeto Político Pedagógico, permitindo que os professores tenham a oportunidade de opinar e sugerir ajustes nesse documento tão importante, o qual norteia as atividades e decisões dentro da escola. Neste período em que o PPP demanda sua adequação à Base Nacional Comum Curricular, essa discussão integrada é de grande valia.

Sugestão de leitura: Semana Pedagógica – Como organizar na sua escola.

Porém, esse planejamento colaborativo não precisa ser necessariamente em documentos complexos e de amplitude geral. As atividades rotineiras de uma disciplina, por exemplo, podem ser pensadas e planejadas em conjunto. O efeito desse tipo de prática é visto no aumento das taxas de aprovação e a redução nos índices de evasão escolar.

Essa foi a conclusão do estudo Boas Práticas em Escolas de Ensino Médio no Brasil, feito em 2009 pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Ministério da Educação (MEC) com 35 instituições de 4 estados (Acre, Ceará, Paraná e São Paulo).

Segundo a publicação da Nova Escola, portal social de conteúdos sobre a área da Educação, que menciona esse estudo, entre os entrevistados das escolas com melhor desempenho “afirmam considerar as necessidades de aprendizagem da turma no planejamento 99% dos professores e 98% deles trocam ideias entre si antes de preparar as atividades. Os coordenadores pedagógicos orientam o trabalho docente e as avaliações internas e externas são usadas para detectar os conteúdos em que os jovens necessitam de reforço”.

Boas práticas – Projetos interdisciplinares e grupos de estudos

O seguinte passo ao criar planejamentos colaborativos é a realização de trabalhos e projetos que envolvam mais de uma disciplina. A interdisciplinaridade é um dos pilares para a construção de escolas inovadoras  e uma das maneiras mais eficiente para a construção de conhecimentos amplos, integrados e contextualizados por meio de aplicações práticas que tenham relação com o dia a dia dos alunos.

Aliado a isso, outra prática interessante é a formação de grupos de estudos, facilitando a troca de experiências em sala de aula, o compartilhamento de ideias para melhorar o processo ensino-aprendizagem, e as sugestões de avanços para a gestão escolar.

Com base nesses trabalhos, pode-se criar, por exemplo, um documento com as boas práticas identificadas, deixando as ideias registradas para que outros professores, ao entrarem para o corpo docente, possam ter acesso a esse histórico. Essa premissa pode ser aplicada às demais iniciativas mencionadas aqui. Quanto mais essa construção de conhecimento dentro da instituição estiver acessível, melhor será para o avanço de resultados e a inovação na escola.

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Formação continuada para estimular boas práticas com seus professores

Não é novidade que os professores precisam de formação continuada, estar sempre em contato com novidades e mudanças que permeiam a área da Educação. Assim, é essencial que a escola invista em treinamentos e aperfeiçoamento por meio de palestras, workshops e cursos.

O propósito é também permitir e incentivar que os docentes aprendam em conjunto. Inclusive, uma maneira interessante de potencializar essa interação e mostrar reconhecimento aos educadores é promover treinamentos realizados por membros internos da escola.

O estudo Boas Práticas em Escolas de Ensino Médio no Brasil também relata que, “como demonstraram as boas práticas de ensino identificadas na região latino-americana e caribenha, um leve impulso na formação continuada de professores tem demonstrado impacto significativo no modelo educacional, em sua qualidade, na motivação do professor em ensinar e na motivação do aluno em aprender”.

A tecnologia em prol dos professores

Como é de se imaginar, a tecnologia tem um papel crucial na formação dos professores, facilitando o acesso ao conhecimento, permitindo a personalização do ensino, aproximando o educador da realidade dos estudantes, entre outros benefícios.

Além desse impulso na formação técnica dos docentes, em meio a intensa e corrida rotina que deixa pouco tempo “livre” dos educadores fora de sala de aula, a tecnologia surge ainda como aliada para o compartilhamento de boas práticas. Ela promove a comunicação facilitada, simplificando a forma de registrar e compartilhar informações.

Isso sem contar a possibilidade de automatizar tarefas rotineiras, mensurar resultados com mais agilidade e tomar decisões mais assertivas. Claro, para isso é importante que a escola tenha gestão da tecnologia educacional, algo essencial para que a gestão escolar seja efetiva.

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Até a próxima!

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