O Plano de Ação Escolar é uma prática essencial para a organização da escola, viabilizando a administração de seus processos de maneira eficiente e direcionando suas atividades para o alcance de metas e objetivos projetados para o ano letivo.
Esse planejamento é primordial para que a instituição de ensino consolide um movimento constante de crescimento e aperfeiçoamento da qualidade de ensino prestado, ou seja: ele é muito importante para o sucesso da escola a qualquer tempo.
Contudo, vivemos uma situação atípica e conturbada com a pandemia do novo Coronavírus, na qual todos tivemos que nos adaptar e restringir algumas mudanças de comportamento e convivência. Isso afetou especialmente a rotina escolar, forçando uma transição abrupta e inesperada do ensino presencial para o ensino remoto ou a distância.
Esse novo cenário pegou toda a comunidade escolar de surpresa e, muitas vezes, despreparada. Assim, o Plano de Ação Escolar é ainda mais importante para a eficiência e sustentabilidade da escola durante a quarentena para o combate à proliferação do COVID-19. Que tal descobrir tudo sobre como preparar o seu Plano de Ação Escolar para atividades não presenciais? Confira agora!
O que é e para que serve o Plano de Ação Escolar?
De maneira bastante objetiva, podemos definir o Plano de Ação Escolar como o documento que reúne atividades planejadas pela escola para atingir suas metas e, consequentemente, seus objetivos.
O propósito desse documento é que gestores, coordenadores e até mesmo professores possam acompanhar e controlar tudo o que está sendo feito e se as ações realizadas estão conduzindo a escola para alcançar os resultados esperados para o ano letivo, podendo atuar de maneira muito mais ágil e eficiente para efetuar medidas corretivas caso o atingimento dos objetivos e metas esteja destoando do planejado.
É exatamente por isso que o Plano de Ação Escolar deve ser um documento muito bem estruturado, claro e transparente, mas sem deixar de ter flexibilidade para receber alterações caso sejam identificadas novas necessidades para o planejamento da escola. Sua grande finalidade é facilitar a gestão de desempenho, o que é um processo contínuo pela busca por melhorias.
Como fazer o Plano de Ação Escolar
Como discutimos no tópico anterior, o Plano de Ação Escolar é um documento para guiar todas as ações da escola em um processo contínuo pelo seu crescimento e pela melhoria dos seus produtos e serviços. Portanto, ele precisa ser objetivo e muito claro naquilo que se propõe. Acompanhe a seguir os principais passos para construir um Plano de Ação Escolar funcional e efetivo!
1. Definir objetivos
A primeira coisa a ser feita é definir quais serão os objetivos da escola para o ano letivo, ou seja, aonde a instituição quer “chegar” e aquilo que deseja conquistar com o trabalho desenvolvido por toda a sua equipe de gestores e educadores.
Para entender esses objetivos com maior facilidade, uma maneira descomplicada de praticar tal definição é a equipe de educadores responder ao seguinte questionamento: o que queremos, como escola, conquistar no fim deste ano letivo?
As respostas podem ser variadas e estar ligadas a saúde financeira, conteúdos, processo de ensino-aprendizagem, capacitação dos professores, entre outros. A instituição pode, por exemplo, entender que pretende:
- Aumentar o número de matrículas efetivadas.
- Reduzir os gastos com materiais de papelaria.
- Aprovar maior quantidade de alunos no vestibular.
- Melhorar o engajamento dos alunos relacionado ao uso de tecnologias educacionais.
Enfim, são resultados abrangentes que indicam alguma melhora da escola. No fim das discussões, principalmente quando realizadas entre times multidisciplinares e com integrantes de diferentes áreas, a lista de objetivos pode ser grande. Em seguida, deve-se então priorizar aqueles resultados entendidos como mais importantes para a instituição e que estejam adequados ao orçamento disponível.
2. Criar metas
O passo seguinte é destrinchar os objetivos definidos em metas para a escola como um todo, as diversas áreas e, dependendo do contexto e da estrutura da instituição, até mesmo para cada professor. É o momento de estabelecer métricas com as quais será possível acompanhar se o caminho para as conquistas planejadas está sendo trilhado.
Se um objetivo da escola é “aonde ela quer chegar”, as metas existem para aferir e indicar se todos estão indo para essa mesma direção. Assim, os indicadores escolhidos devem ser condizentes com o resultado ao qual estão associados. Além disso, eles devem ser desafiadores para impulsionar o desempenho de todos, mas realistas e alcançáveis para que no fim do ano não resultem em desmotivação.
Outra dica importante é não criar muitas metas para cada objetivo – de 3 a 5 indicadores são suficientes, mas isso não é uma regra. Portanto, busque sintetizar as métricas para que possam ser acompanhadas de maneira assertiva e próxima. De nada adianta construir uma infinidade de metas se elas não serão olhadas por ninguém. Confira um exemplo.
Objetivo:
- Aprovar maior quantidade de alunos no vestibular.
Metas:
- Aplicar 2 simulados nos moldes do ENEM por semestre.
- Melhorar a média das avaliações dos alunos da 3ª série do Ensino Médio em 15% nos simulados.
- Aprovar, pelo menos, 60% dos alunos da 3ª série do Ensino Médio no vestibular.
3. Planejar ações para o Plano de Ação Escolar
Com os objetivos e as metas devidamente estipulados, parte-se então para o planejamento e a definição das atividades que potencialmente levarão ao atingimento desses indicadores e, por sua vez, dos resultados esperados. Aqui o propósito, grosso modo, é estabelecer como chegaremos aonde queremos.
A participação dos professores em todas as etapas é sempre válida e importante, mas nessa fase é essencial, já que são eles que atuam na linha de frente com os alunos, aplicando as metodologias alinhadas, desenvolvendo os conteúdos propostos e avaliando o processo de aprendizagem dos estudantes.
Novamente, é primordial considerar o orçamento e os recursos disponíveis para traçar essas ações práticas, isso porque o planejamento de atividades que não poderão ser realizadas traz sentimento de frustração e desmotivação tanto para os educadores quanto para os alunos – principalmente neste período de incertezas, pois sabemos dos impactos financeiros nas escolas que o COVID-19 tem acarretado.
Tomando como base o exemplo dado no tópico acima, poderíamos ter as seguintes ações:
- Preparar aulas de reforço por disciplina para os alunos que acertarem menos de 60% dessas matérias nos simulados.
- Disponibilizar tutores com horários flexíveis para cada grupo de 30 alunos com foco na resolução de dúvidas.
- Implementar tecnologias educacionais que permitam o acesso aos conteúdos de todas as disciplinas em tempo integral.
- Realizar orientação psicopedagógica com cada aluno pelo menos uma vez ao mês.
4. Estabelecer prazos
Finalizadas as etapas anteriores, o Plano de Ação Escolar já está estruturado para guiar todos os profissionais da escola a seguirem os resultados planejados, incluindo como isso deve ser feito. Contudo, é muito importante ainda estabelecer prazos para todas as ações propostas.
Somente com um cronograma com datas de entrega ou realização e o responsável por cada tarefa será possível garantir que o planejamento seja seguido de maneira organizada e eficiente, consolidando a trajetória para o atingimento de metas e objetivos.
5. Comunicar e colocar em prática
A comunicação clara e transparente com toda a comunidade escolar é essencial para que se construa e mantenha um bom relacionamento com professores, familiares, responsáveis e alunos. Se isso é uma prática aconselhável para tantas outras demandas da escola, com o Plano de Ação Escolar não poderia ser diferente.
Sempre que possível e dentro do contexto e pertinência, é relevante envolver o máximo possível de envolvidos e interessados na aprendizagem das crianças e melhorias da instituição de ensino. Com este documento finalizado, não deixe de compartilhá-lo com a comunidade escolar, pois é chegada a hora de colocá-lo em prática!
6. Acompanhar e registrar o desempenho das ações do Plano de Ação Escolar
Não se esqueça de que tudo o que foi planejado no Plano de Ação Escolar deve ser acompanhado constantemente, pois assim será possível avaliar e identificar se as atividades pensadas estão alcançando o que foi proposto ou não, guiando tomadas de decisões para melhorá-las de imediato.
Além disso, mantenha essas análises registradas, apontando as conquistas ou fracassos de cada ação, para que posteriormente possam ser consultadas e ajudem a construir um Plano de Ação Escolar ainda melhor no ano seguinte. Falhas podem acontecer, e provavelmente acontecerão, sendo mais importante entendermos nossos erros para que não se repitam e continuemos em evolução.
Plano de Ação Escolar para aulas remotas
Até aqui abordamos o Plano de Ação Escolar de uma maneira mais abrangente, já que sua transposição e aplicação para momentos de crise como a que vivemos não implica desvios de sua estrutura ou finalidade. As grandes mudanças nesse sentido estão mais relacionadas a quais serão os novos objetivos da escola e como ela os alcançará.
Em períodos de distanciamento das salas de aula, o foco de planejamento deve estar em:
- Encontrar meios de disponibilizar acesso às atividades escolares a todos os alunos.
- Manter o processo de aprendizagem qualificado.
- Garantir a equidade do ensino para os diferentes contextos de estudos em casa vivenciados pelos alunos.
- Promover a colaboração e inovação de práticas psicopedagógicas entre os educadores.
- Estabelecer uma comunicação ativa, ética e transparente com familiares e responsáveis.
- Assegurar a segurança e saúde de colaboradores de suporte, professores e alunos no retorno às aulas presenciais.
Obviamente, tudo isso demanda uma série de tarefas, incluindo revisão do calendário escolar, criação do cronograma de reposição, controle da carga horária realizada remotamente, formação dos educadores para esse novo panorama, entre outros.
Recentemente, publicamos 10 ações para organizar a escola para o retorno das aulas pós-pandemia. Também não podemos subestimar a importância e necessidade da execução de avaliações diagnósticas, como você pode conferir nessas dicas essenciais para avaliar o ensino a distância e remoto.
Você pode conferir ainda todas as diretrizes para escolas durante a pandemia e as principais orientações de como planejar a reabertura das escolas com o término da quarentena.
Tecnologias educacionais fazendo a diferença
Com certeza, um dos grandes desafios para superarmos esse período atribulado é encontrar soluções para que a comunidade escolar continue tendo acesso ao conteúdo necessário para que o processo de aprendizagem seja mantido de forma eficiente.
Embora seja possível a impressão e entrega física de materiais, isso é bastante custoso e trabalhoso. Mais do que nunca, as tecnologias educacionais mostram o seu potencial de auxiliar na melhoria da Educação, promovendo maior dinamismo das aulas, bem como o complemento do ensino com experiências mais interativas e contextualizadas.
O sistema de ensino do SAE Digital conta com diversas ferramentas tecnológicas que permitem aos educadores criar, distribuir e avaliar atividades pedagógicas completas, e você pode conferir todos os nossos recursos didáticos disponíveis para a Educação Básica no ensino a distância.
Caso queira ter acesso gratuito a várias dessas ferramentas, fale com um dos nossos especialistas para saber mais sobre essa oportunidade imperdível!
Imagens: freepik