Agora que a sua campanha de matrículas para o próximo ano já está encaminhada, chegou a hora de voltar a atenção e dirigir os esforços da escola para o planejamento escolar. O início do ano letivo de 2020 será um período muito importante e decisivo para as escolas brasileiras. Você sabe por que? Em 2020, inicia-se a implementação da Base Nacional Comum Curricular para o Ensino Médio e mudanças à vista nos vestibulares e Enem. Sua escola está se preparando para a chegada da BNCC?

Para garantir que este período de transição para a nova Base transcorra da melhor forma possível, sem grandes imprevistos ou dificuldades para professores e alunos, será necessário um planejamento escolar ainda mais minucioso, contando com a participação e com o envolvimento de toda a comunidade escolar. Entre muitas tarefas, o planejamento envolve a atualização dos documentos normativos da escola (como o PPP e as regras de convivência e utilização dos espaços), do calendário escolar, dos currículos e das metas e objetivos para o novo ano letivo.

Você sabe tudo o que é necessário para construir um bom planejamento escolar? Descubra neste post!

O que é o planejamento escolar?

O planejamento escolar é o registro de todas as definições de uma instituição de ensino para o início de um novo ano letivo. Ele é o documento que norteia as atividades a serem desenvolvidas na escola, definindo prioridades, metas, normas, currículos, recursos, entre outros itens. Mais que um documento, o planejamento é um compromisso de toda a comunidade escolar com os objetivos da instituição para aquele período.

Qual a importância do planejamento?

Assim como o planejamento se faz necessário em todos os tipos de negócio, empresa ou instituição, o planejamento escolar é importante para:

• Garantir a aplicação das diretrizes nacionais e locais na construção dos currículos e na realidade escolar.
• Avaliar de que forma o Projeto Político Pedagógico está sendo aplicado no dia a dia da escola e se existe algum ponto que precisa ser revisto.
• Planejar, organizar e facilitar a rotina dos professores e outros funcionários da escola.
• Elaborar os currículos e o calendário escolar.
• Definir papéis claros, objetivos atingíveis e pontos de feedback para toda a equipe escolar.

Quando – e como – fazer o planejamento escolar?

O planejamento escolar costuma ser realizado antes do início das aulas, durante a semana pedagógica. Neste período, diversos membros da comunidade escolar se reúnem para compartilhar suas experiências do ano anterior e definir o que se espera do ano que está por vir. É importante lembrar que nem todas as discussões necessitam da presença de todos. A definição dos currículos de cada disciplina, por exemplo, não faz necessária a mobilização de toda a equipe escolar, mas tão somente dos professores especialistas e da equipe pedagógica.

Uma organização prévia dos temas a serem discutidos em um calendário, a seleção criteriosa dos participantes que podem contribuir com cada assunto e a redação de pautas para cada encontro podem otimizar o tempo de todos e evitar que uma reunião termine sem que o assunto principal seja vencido.

Planejamento escolar: passo a passo

As etapas do planejamento escolar variam conforme a estrutura e a organização de cada instituição de ensino. A seguir, preparamos uma lista com algumas temáticas recorrentes para servir como ponto de partida para o planejamento da sua equipe. Confira!

1. Apresentação dos resultados do último ano, troca de experiências e aprendizados obtidos.

2. Revisão do Projeto Político Pedagógico (PPP).

3. Definição dos objetivos e metas referentes à gestão escolar (pedagógica, administrativa, financeira etc.), que irão nortear o novo ano letivo.

4. Planejamento curricular geral e de cada componente específico.

5. Direcionamento pedagógico para a construção dos planos de aula.

6. Programação de uma rotina para a formação continuada do corpo docente e demais equipes.

7. Elaboração ou revisão das normas escolares de convivência e utilização dos espaços.

8. Definição do calendário escolar e da rotina de avaliações.

9. Definição do calendário de reuniões, eventos e projetos da escola.

10. Construção da grade horária.

11. Distribuição de turmas, salas e materiais.

12. Outras pautas relevantes para a realidade da escola.

“Estamos no caminho certo? “

Como vimos na lista anterior, fazer o planejamento escolar é uma tarefa complexa e trabalhosa! Por este motivo, podem surgir muitas questões ao longo do seu desenvolvimento. Separamos alguns lembretes e pontos de atenção importantes para ajudar a sua equipe a manter o foco ao encarar este desafio.

• O Projeto Político Pedagógico (2), assim como o planejamento curricular (4) devem ser revisados conforme as novas diretrizes vigentes (BNCC, currículos municipais e estaduais). Precisa de ajuda com isso? Clique aqui e saiba como adequar seu PPP à BNCC.
• O planejamento curricular deve ser baseado nas diretrizes gerais, mas também depende da contribuição do professor e da equipe pedagógica da escola, levando em conta os objetivos da instituição, a percepção do docente sobre o aprendizado das turmas e as suas experiências dos períodos anteriores. É o momento de evidenciar os diferenciais da escola como parte diversificada dos currículos.
• O calendário escolar (8) deve obedecer às definições dos órgãos regionais de educação, além de ser submetido para aprovação.
• É importante definir planos de ação, prazos, metas realizáveis e mensuráveis para todos os membros da equipe escolar. Dessa forma, é possível avaliar os erros e acertos de um ciclo para o outro e traçar planos de desenvolvimento cada vez melhores.

Finalmente, precisamos manter em mente o fato de que o ciclo escolar é cheio de imprevistos e o planejamento nem sempre corre perfeitamente como a escola gostaria. Por isso, é importante definir alguns momentos ao longo do ano para revisar o planejamento escolar e “colocar nos eixos” tudo aquilo que pode ter sofrido mudanças ao longo do caminho. Também é preciso saber admitir os equívocos e replanejar! Este é um grande sinal de aprendizado e amadurecimento dos profissionais e da instituição de ensino como um todo.

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Mãos à obra?