Educação inclusiva foi o tema do EducaSAE que aconteceu no dia 26 de abri, em nosso canal do YouTube.
A família e a escola desempenham um papel importante na criação de um ambiente educacional inclusivo. Por isso, nosso objetivo é fornecer a você as ferramentas necessárias para tornar sua escola e a casa dos alunos mais inclusivas, criando assim um ambiente onde todas as crianças possam se desenvolver plenamente.
Confira um resumo do evento com as reflexões sobre o tema!
O papel da família e da escola na educação inclusiva
A educação inclusiva é um tema muito relevante no cotidiano escolar e para toda a sociedade. Faz parte do papel do educador promover a inclusão para oferecer uma educação de qualidade e proporcionar um desenvolvimento integral para todos os alunos.
Os educadores sentem a necessidade de dialogar sobre a inclusão como modo de conseguirem um suporte para suprir as demandas dos alunos em sala de aula, encontrando meios para promover o desenvolvimento integral conforme as especificidades de cada criança e adolescente.
O conceito de educação inclusiva surgiu para substituir a educação especial, que separava os alunos com deficiência dos demais. A nova abordagem busca incluir esses alunos na sala de aula regular para oferecer a mesma educação a todos conforme as especificidades de cada um.
O conceito de inclusão é mais apropriado para a realidade atual, pois o termo “especial” tem um tom segregador, o que pode gerar preconceito e discriminação. Quando adotamos a inclusão, garantimos que aquele sujeito sinta-se parte daquele contexto.
A inclusão não é somente receber o indivíduo no grupo, e sim garantir que ele possa ter as mesmas vivências que as outras pessoas que participam desse grupo. É uma perspectiva mais ampla e mais complexa que propõe oferecer acesso equilibrado e igualitário, atendendo às singularidades de cada um.
Para fazer uma inclusão efetiva, é importante adequar o atendimento conforme as necessidades individuais.
Tanto os educadores quanto os alunos se desenvolvem melhor ao compartilhar suas diferenças, tornando a sala de aula um ambiente diverso e rico de experiências para todos. Assim, cada um consegue se desenvolver conforme suas características, respeitando a individualidade e promovendo a diversidade.
Essa mudança histórica de perspectiva e abordagem ocorreu a partir dessa conclusão, mas foi uma mudança lenta e recente, que se tornou lei há pouco tempo. Embora esteja em nossa Constituição Federal que a educação é um direito de todos, a inclusão só passou a ser efetivamente discutida a partir da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, em 2006.
Surgiu, então, a necessidade de implementar leis que favoreçam essas pessoas nos ambientes educativos, garantindo seus direitos de aprendizagem para que elas tenham uma educação integral.
Atualmente, existem muitas legislações que traçam direcionamentos para uma inclusão efetiva, com leis no mais amplas e outras voltadas para a educação.
A própria Base Nacional Comum Curricular (BNCC), atual documento que rege a educação e o currículo escolar brasileiros, direciona o trabalho da escola para a educação integral, que propõe a inclusão.
Um olhar integral e inclusivo é olhar para o indivíduo como um todo, entendemos em que momento ele está e o quanto ele precisa se desenvolver, quais suas expectativas de aprendizagem, de que maneira ele aprende melhor.
Na escola, não trabalhamos somente com a perspectiva dos conteúdos conceituais, abordamos também os comportamentos, as atitudes e a aprendizagem de procedimentos. Quando temos essa visão ampla sobre a educação integral, vemos que ela favorece o trabalho com a educação inclusiva.
A BNCC ajudou a normatizar a educação e garantir a mesma qualidade de aprendizagem a todos os alunos do Brasil, com o mesmo suporte pedagógico para que desenvolvam suas habilidades.
Assim, os alunos que precisam de adaptações são respaldados pela base, o que garante o mesmo desenvolvimento dos demais, por meio do direcionamento do olhar pedagógico para aquilo de que precisam.
Sair da abordagem “especial” para adotar práticas inclusivas não quer dizer que o aluno com necessidades especiais não terá suas demandas atendidas; pelo contrário, elas serão tratadas com atenção especial, mas dentro da educação “comum”.
Essa prática permite compreender a maneira como o aluno aprende e adaptá-la à maneira tradicional de ensino, conforme a necessidade, tornando-a “comum”, sem separar os tipos de necessidades.
Ainda assim, é possível observar alguns obstáculos para efetivar a inclusão, sobretudo a falta de aprofundamento nessas práticas inclusivas por parte dos profissionais da educação e a insegurança das famílias ao buscar um acompanhamento mais especializado além da escola.
A parceria entre a família e a escola é fundamental para a inclusão; cada uma dessas esferas sozinha não consegue efetivar a inclusão.
Estabelecer um diálogo sobre as necessidades dos alunos ajuda a adaptar as práticas pedagógicas para incluir essas demandas, auxiliando também na compreensão de ambas as partes. Muitas vezes, o professor não tem respaldo teórico ou técnico para atender a determinada demanda, e só se aprofunda em algumaquando recebe um aluno com essa característica.
Os cursos de graduação dos professores ainda não se aprofundam nessas questões, o que dificulta o atendimento a todas as demandas.
Embora realizar a inclusão seja desafiador para os professores, também pode ser muito produtivo. Promover uma educação inclusiva permite que os profissionais se desenvolvam ainda mais ao aprender novas metodologias e compartilhar essas metodologias com os demais, otimizando suas práticas e a aprendizagem de todos os alunos.
Por isso a formação continuada dos educadores é muito importante, para que se capacitem quanto às novas demandas que surgem constantemente na educação e acompanhem as tendências.
Papel da escola na educação inclusiva
Educação inclusiva refere-se à inclusão de pessoas com deficiência no processo educativo das escolas regulares, promovendo a igualdade na aprendizagem e diversidade e integrando a educação especial ao ensino regular, para unificar as duas modalidades e transformar a escola em um lugar para todos, que acolhe todos os alunos e oferece apoio àqueles que encontram barreiras para a aprendizagem.
Desse modo, é possível garantir que todas as crianças e adolescentes aprendam e se desenvolvam em um mesmo contexto, convivendo em um ambiente que respeite as diferenças.
O papel da escola na promoção da educação inclusiva é seguir as diretrizes e leis que asseguram os direitos da inclusão escolar, capacitar os professores, promover educação continuada, oferecer materiais e recursos específicos e dar suporte aos professores.
Além da BNCC, as escolas também podem adotar o Plano Educacional Individualizado (PEI) para promover a educação inclusiva e personalizar o ensino. O PEI é a principal ferramenta para garantir a inclusão do aluno e ajuda a trabalhar o desenvolvimento de habilidades e garantir os direitos de aprendizagem, respeitando as características do indivíduo. Ele também dá suporte e direcionamento para os professores em sala de aula.
“A proposta da inclusão escolar é possibilitar oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento para todas as pessoas, em um mesmo ambiente educacional inclusivo.” (PEI, 2019, p. 16)
A escola também precisa acompanhar o aluno, verificar se as metodologias adotadas estão sendo eficazes, fazer relatórios com os resultados obtidos e avaliar as dificuldades e potencialidades.
Precisa também manter uma relação de proximidade com as famílias, para dialogar sobre as necessidades do aluno, e contribuir com a equipe de saúde, para ajudar no diagnóstico e tratamento, se for o caso.
Papel das famílias na educação inclusiva
A família precisa manter uma relação próxima com a escola, pautada no diálogo e na compreensão, para que compartilhem as dificuldades e busquem estratégias para adaptar as necessidades dos alunos.
Também precisa se aprofundar sobre as necessidades do aluno, para compreendê-lo e orientar a escola sobre como ele é em casa, buscando também acompanhamento especializado, com um médico especialista, com reforço escolar, com psicopedagogia ou com psicoterapia, entre outros.
Todas essas informações adicionais trazidas pela família podem contribuir para o trabalho da escola de oferecer um atendimento melhor e adaptar de maneira mais assertiva as práticas inclusivas.
Família e escola atuam juntas na formação das crianças e dos jovens, pois proporcionam o suporte e o incentivo necessários para que eles se desenvolvam de forma integral e alcancem todo o seu potencial que.
Conclusão
A inclusão escolar é direito dos alunos; sendo assim, as escolas e as famílias precisam buscar meios de efetivá-la, seguindo as normativas e as leis da educação inclusiva.
A educação inclusiva só será efetiva com a participação conjunta da família e da escola, bem como da equipe de saúde que acompanha o aluno. Juntos, é possível identificar as necessidades, encontrar metodologias assertivas e oferecer suporte terapêutico especializado, para promover um desenvolvimento integral.
Confira o evento na íntegra, acessando o link.
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