Comunicação Empática nas Famílias: como desenvolver


A comunicação é um dos pilares das relações humanas, e a família é o principal núcleo social. Desse modo, para estabelecer uma boa conexão e convivência com os familiares, é preciso se comunicar de maneira assertiva. Nesse cenário, a comunicação empática nas famílias é uma das estratégias para possibilitar essa tarefa.

É comum que pais e responsáveis apresentem dificuldade para se comunicar com crianças e jovens, mas eles precisam buscar formas de melhorar essa conexão para  ajudar os seus filhos. Entenda no post de hoje como a comunicação empática pode resolver esse problema!

O que é comunicação empática?

Comunicação empática consiste em se comunicar com empatia, ou seja, a habilidade de se colocar no lugar do outro e tentar compreendê-lo, não somente falar, mas dar espaço para ouvir a outra parte da conversa.

A empatia permite perceber e interpretar as emoções das outras pessoas, ao se imaginar no lugar delas, pensando como agiria ou se sentiria naquela situação, podendo adaptar seu discurso de modo assertivo, para compreender e ser compreendido.

Existem três categorias que embasam a comunicação empática:

  1. Empatia afetiva: habilidade de fornecer respostas apropriadas às emoções do outro, pois preocupa-se com o seu bem-estar;
  2. Empatia somática: capacidade de sentir o que a outra pessoa sente, permite acessar o desconforto ou sofrimento alheio;
  3. Empatia cognitiva: habilidade de perceber e compreender as emoções de alguém que se encontra em determinada situação e precisa de ajuda, mesmo sem ela pedir, permitindo tomar decisões que beneficiem a todos, bem como prevenir e atenuar o sofrimento.

Desse modo, a comunicação empática é uma forma de se comunicar considerando os sentimentos, emoções e opiniões alheias, tornando muito mais produtiva a conversa.

Como desenvolver a comunicação empática nas famílias?

A primeira atitude para estabelecer uma comunicação empática nas famílias é escutar; muitas pessoas só falam e não dão espaço para o outro falar, dificultando a resolução de problemas e gerando conflitos.

É importante prestar atenção no outro e realizar uma escuta ativa, ou seja, ouvir para compreender, não impor a sua fala sem considerar o que pensa e sente a outra parte da conversa — um diálogo é composto de duas ou mais pessoas.

A escuta ativa permite uma real conexão com o outro para tornar eficiente a comunicação, seja para solucionar problemas ou melhorar as relações, em que ambos falam, são ouvidos e compreendidos para chegarem a um objetivo.

As técnicas utilizadas para realizar uma escuta ativa e estabelecer uma comunicação empática são:

  • Prestar atenção: ao iniciar uma conversa, preste total atenção no que você está ouvindo, para interpretar corretamente, evitar confusão no conteúdo da fala e mal-entendidos;
  • Demonstrar interesse: faça contato visual enquanto escuta e se mostre aberto ao que o outro tem a dizer;
  • Fazer perguntas: questione sobre algo que ficou confuso ou não entendeu, peça para que explique melhor e peça informações adicionais que facilitem a compreensão;
  • Não julgue: escutar as opiniões, sentimentos e comportamentos do outro com respeito, buscando compreender por que pensa, sente ou age de tal maneira.

Dessa forma, é possível estimular a comunicação empática, pois você capta todas as informações necessárias para compreender o outro em diferentes dimensões.

Outras práticas para estabelecer uma comunicação empática entre as famílias incluem:

  • Observar: esteja atento aos comportamentos da sua família, ele diz muito sobre como se sentem, alguém preocupado ou triste costuma demonstrar com agressividade ou isolamento, por exemplo;
  • Pensar antes de agir: nossas atitudes podem prejudicar os outros, por isso é importante imaginar como uma decisão pode impactar sua família e conversar antes com os envolvidos é essencial para considerar o que pensam e sentem;
  • Sensibilidade: se importar com a dor do outro, lembrando de situações semelhantes que você passou ou imaginando como seria estar no lugar da pessoa;
  • Oferecer ajuda: estar disposto a ajudar e apoiar alguém que está passando por uma situação difícil;
  • Apontar incoerências: muitas vezes é necessário dar um feedback negativo aos familiares, pois ser empático não significa aceitar tudo, mas fazer isso com respeito e apontar como é possível melhorar, oferecendo suporte para auxiliar;
  • Se importar com as pessoas: perguntar frequentemente como os membros da família se sentem, pois preza pelo bem-estar de todos;
  • Interpretar linguagem corporal: algumas pessoas têm dificuldade de falar como se sentem ou o que pensam, entretanto, é possível perceber pelo modo como reagem, um olhar, um gesto ou expressão facial demonstram descontentamento, por exemplo.
  • Tentar compreender o outro mesmo quando discorda dele: é preciso respeitar as diferenças, cada um vê o mundo de uma maneira e tem seu próprio estilo de vida, nem todos da família precisam ser iguais e pensar da mesma maneira, mas podem chegar a um acordo e aceitar as particularidades.

Quanto às crianças e jovens, eles tendem a ter mais dificuldades para se expressar, o que dificulta a comunicação empática entre as famílias, por isso é importante que sejam estimulados a falar o que pensam e sentem e sejam ouvidos.

Muitos familiares interpretam como mau comportamento certas atitudes, mas não compreendem que é a maneira que a criança ou jovem consegue se expressar, por isso é essencial a observação e escuta ativa para estabelecer uma comunicação empática nas famílias.

O que as famílias podem observar nas crianças e jovens:

  • Comportamentos;
  • Tristeza;
  • Ansiedade;
  • Falta de vontade ou medo de ir à escola;
  • Faltas frequentes;
  • Queda de rendimento na escola;
  • Isolamento ou poucas amizades;
  • Irritabilidade;
  • Agressividade;
  • Perda de apetite e insônia;
  • Conflitos nas relações;
  • Forma como se comunica.

O que as famílias podem escutar das crianças e jovens:

  • Sentimentos;
  • Opiniões;
  • Ideias;
  • Dúvidas;
  • Queixas;
  • Dificuldades;
  • Como foi o dia;
  • O que gosta;
  • O que não gosta.

Qual a importância da boa comunicação familiar?

A comunicação empática tem um impacto positivo nas relações familiares, torna-a mais humanizada e agradável, pois todos são valorizados e aprendem a conviver melhor com as diferenças.

Ela também promove o respeito aos sentimentos e opiniões dos outros, evita ofensas e desentendimentos, permite falar e ser ouvido, compreender e ser compreendido.

Ao estabelecer uma comunicação empática, é possível ajudar uns aos outros, acolher o sofrimento, compartilhar experiências e desenvolver uma conexão saudável entre os familiares.

Quando as pessoas são ouvidas e compreendidas, sem serem julgadas, sentem-se melhor consigo mesmas e com os outros, se abrem também para ouvir as pessoas, da mesma forma que fizeram com ela.

Desse modo, quando os adultos ouvem o que as crianças e jovens pensam e sentem, eles estarão mais dispostos a fazer o mesmo, tentar compreender os pais e familiares.

Além disso, comunicação empática se torna uma comunicação não violenta, que tem a compaixão como principal característica, ou seja, evita uma reação imediata de defesa ao ser julgado ou desafiado, normalmente agressiva.

Por exemplo, um jovem faz um pedido que desagrada a mãe, ao invés de reagir a pergunta com críticas e ofensas ao filho, tenta compreender o que ele quer dizer com aquilo.

Isso faz com que o filho se sinta acolhido e respeitado pela mãe, disposto a também ouvi-la e compreendê-la, mesmo que ela diga não ao pedido, pois chegaram a um entendimento mútuo.

Outro benefício de promover a comunicação empática nas famílias é que as crianças e jovens se sentem mais seguros e sabem que podem contar com os pais e responsáveis quando tiverem algum problema, evitando que sofram em silêncio.

A saúde mental das crianças e jovens também é estimulada com essa maneira de se comunicar, pois promove o autoconhecimento, expressão de sentimentos, apoio para enfrentar dificuldades, acolhimento, não julgamento entre outros.

Cabe aos familiares proporcionar o bem-estar psicológico às crianças e jovens, sobretudo a autoestima ao cultivarem uma imagem positiva de si mesmos considerando seus sentimentos e opiniões.

Uma das principais características da saúde mental é apresentar uma boa comunicação, se expressando e ouvindo os outros, para cultivar bons relacionamentos.

Por fim, a comunicação empática estimula as competências socioemocionais, fundamentais para uma formação integral e cidadã, que envolvem autoconsciência, autogestão, consciência social, habilidades de relacionamento e tomada de decisão responsável.

Como o SAE Digital pode ajudar?

O SAE Digital lançou o projeto “Comunicação com as famílias”, parte do EducaSAE, com encontros para discutir esse assunto.

O evento especial “Conversando com a família” irá ocorrer no dia 28/04 às 18h.

Nesse encontro iremos tratar da importância do posicionamento dos pais  com seus filhos, focando na positividade e na autoestima. Além de trabalhar os sentimentos das crianças e dos adolescentes diante dos desafios vivenciados na contemporaneidade.

Convidamos a psicanalista Mona Lisa Dantas para um bate-papo sobre comunicação empática: caminhos para educação de filhos seguros, autoconfiantes e felizes.

Esperamos por você! Inscreva-se aqui!

Basta preencher o formulário com seus dados e depois você receberá um e-mail com o link para assistir ao encontro.

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Uma resposta para “Comunicação Empática nas Famílias: como desenvolver”

  1. Rosilene de Moraes disse:

    Desejo fazer o trabalho com dedicação, amor,honestidade e compreensão.

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