A inclusão é um conceito fundamental quando se trata de educação. Garantir que todos os alunos e alunas, independentemente de suas habilidades, tenham acesso a uma educação inclusiva de qualidade é essencial para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e igualitária.
O direito à educação é assegurado em inúmeros tratados internacionais e textos sobre o assunto, pautado em instrumentos como o Manual para garantir Inclusão e Equidade na Educação, desenvolvido pela UNESCO, por exemplo, entre outros documentos.
Segundo este manual, “todo (a) estudante é importante e tem igual importância”. O desafio neste sentido é colocar essa mensagem em prática, isso porque é necessária uma mudança de pensamento e atitudes em todos os níveis do sistema educacional, desde professores e professoras, e demais profissionais que promovem experiências educacionais, até as pessoas responsáveis pelas políticas nacionais.
Neste texto, vamos abordar o passo a passo para implementar a educação inclusiva nas escolas, destacando a importância desse tema e como ele pode transformar a vida dos (as) estudantes. Continue a leitura para saber mais!
O que é Educação Inclusiva?
A Educação Inclusiva é uma abordagem que visa garantir o direito à educação de todas as pessoas, respeitando a diversidade e promovendo a participação social. Este modelo educacional, tem como objetivo incluir alunos e alunas com deficiência, transtornos ou altas habilidades em escolas regulares, a fim de combater o preconceito e valorizar as diferenças.
Ela cria um ambiente educacional que acolhe a diversidade e promove a igualdade de oportunidades para estudantes com características, necessidades e habilidades diversas.
A ideia principal é garantir um ensino de qualidade através de estratégias de inclusão, adaptações curriculares, formação de professores e professoras, e promoção da acessibilidade nas instituições de ensino.
Além disso, é importante promover uma cultura inclusiva, que valorize a diversidade e combata o preconceito, para que todos os alunos e alunas possam desenvolver seu potencial plenamente. Esse modelo educacional é fundamental para garantir o direito à educação de todas as pessoas, pautada na igualdade e inclusão social.
Inclusão e equidade: qual a relação?
Segundo o Manual para garantir inclusão e equidade na educação, desenvolvido pela UNESCO, a inclusão é o processo que auxilia na superação das barreiras que limitam a presença, participação e conquistas dos (as) estudantes. Já a equidade, é o processo para garantir que a educação de todos os alunos e alunas seja considerada como de igual importância, de forma justa.
Como trabalhar a educação inclusiva na escola?
Para trabalhar a educação inclusiva nas escolas, é fundamental implementar estratégias adaptadas às necessidades e contexto específicos de cada instituição de ensino, considerando as particularidades de seus alunos e alunas. A seguir, elencamos algumas ações importantes:
- Incentivar a colaboração entre os alunos e alunas para trabalharem em conjunto em prol de objetivos comuns, promovendo a inclusão escolar e social, a empatia e o respeito mútuo.
- Adaptar métodos de ensino, materiais e avaliações para atender às diversas necessidades de aprendizagem dos (as) estudantes, fornecendo suporte adicional ou acomodações conforme necessário.
- Implementar os princípios do UDL (Universal Design for Learning) para criar um ambiente de aprendizagem flexível que atenda às diversas necessidades dos alunos e alunas. Isso envolve oferecer múltiplos meios de representação, ação, expressão e engajamento.
- Desenvolver Programas de Educação Individualizados (IEPs) para estudantes com necessidades especiais, delineando seus objetivos específicos, acomodações e modificações.
- Realizar campanhas de sensibilização e sessões de formação para professores (as), alunos (as), mães e pais para promover a compreensão e o apoio à educação inclusiva, incentivando o envolvimento de todas as partes interessadas nos processos de tomada de decisão.
- Promover um ambiente seguro e inclusivo que valorize e respeite a diversidade, promovendo relacionamentos positivos, apoio de colegas e aceitação entre todos os alunos e alunas.
Leia também: Educação para a cidadania global – seu papel e sua importância
Como colocar a inclusão na educação em prática?
Segundo a UNESCO, estabelecer escolas inclusivas é considerado essencial para garantir a igualdade e os direitos humanos, possuindo benefícios educacionais, sociais e econômicos.
O principal ponto para colocar a educação inclusiva em prática é avaliar os (as) estudantes de forma contínua para acompanhar seu progresso no currículo. Isso possibilita que professores e professoras consigam atender uma ampla gama de estudantes individuais.
Além disso, é necessário adotar práticas pedagógicas que promovam a participação e o aprendizado de todos os alunos e alunas. Algumas dessas práticas incluem:
Adaptar o currículo
É fundamental que o currículo seja flexível e adaptado para atender às necessidades individuais de cada aluno e aluna. Isso pode envolver a criação de atividades diferenciadas, o uso de recursos e materiais didáticos acessíveis e a implementação de estratégias de ensino inclusivas.
Promover a aprendizagem colaborativa
Estimular a interação entre estudantes, incentivando a colaboração e o trabalho em equipe, é uma forma eficaz de ensinar a diversidade e promover a inclusão. Através de atividades em grupo, os (as) estudantes podem aprender a respeitar e valorizar as diferenças, além de desenvolver habilidades sociais e emocionais.
Aplicar um sistema de ensino diferenciado
Cada estudante tem seu próprio ritmo e estilo de aprendizagem. Portanto, é essencial que os professores e professoras adaptem suas estratégias de ensino para atender às necessidades individuais de cada pessoa. Isso pode incluir o uso de diferentes métodos de ensino, recursos visuais e auditivos, e a oferta de suporte individualizado.
Utilizar a tecnologia assistiva
A tecnologia desempenha um papel importante na promoção da inclusão na sala de aula. O uso de dispositivos e softwares específicos pode ajudar os alunos e alunas com necessidades especiais a acessar o currículo, participar das atividades e se comunicar de forma eficaz.
Proporcionar um ambiente inclusivo
Criar um ambiente físico e emocional inclusivo é fundamental para promover a educação inclusiva. Isso inclui a adaptação das instalações para torná-las acessíveis a todos os alunos e alunas, bem como a promoção de um ambiente acolhedor, respeitoso e livre de preconceitos.
Formar e capacitar professores e professoras
Para implementar efetivamente a inclusão na educação, é essencial que os (as) professores (as) recebam formação e capacitação adequadas. Isso envolve o desenvolvimento de competências pedagógicas específicas para lidar com a diversidade na sala de aula e a compreensão das necessidades individuais de cada estudante.
O que é o PEI?
Conforme a Instrução normativa PRE/IFSP nº 001, de 20 de março de 2017, o Plano Educacional Individualizado, mais conhecido pela sigla PEI, é um documento elaborado pelos professores e professoras a partir de uma avaliação de um aluno ou aluna com necessidade educacional específica.
Essa avaliação é feita com a colaboração do Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Específicas (NAPNE) e da Comissão de Segurança Pública (CSP), para levantar as necessidades, conhecimentos prévios, potencialidades e habilidades de alunos e alunas com deficiências, transtornos globais de desenvolvimento, com altas habilidades ou superdotação ou com dificuldades de aprendizagem.
O documento é composto por informações gerais sobre o (a) estudante, sugestões de encaminhamentos e um programa pedagógico exclusivo. Considerando que cada estudante é uma pessoa única e aprende, portanto, de maneira diferente, o PEI visa registrar esse caráter individual de cada aluno ou aluna para que, usando estratégias adequadas, ele possa aprender, assim como outros estudantes, no ensino regular.
Vale destacar que o PEI precisa da aprovação do (a) estudante ou responsável, no caso de estudante menor de idade, e deve ser revisado periodicamente, para que professoras e professoras possam acompanhar o desenvolvimento do aluno ou aluna e adaptar as estratégias conforme necessário, com base na observação em sala de aula e no convívio do (a) estudante com a comunidade escolar.
A inclusão na educação é fundamental para garantir a equidade social, que segundo a Secretaria de Desenvolvimento Social é “a garantia da universalização de acesso aos direitos previstos em nossa Constituição e, portanto, chave para um projeto de sociedade justa e fraterna.”
Para isso, é necessário adotar uma abordagem pedagógica que valorize a diversidade e promova a participação de toda a comunidade escolar. Práticas como a adaptação do currículo, o estímulo à aprendizagem colaborativa, uso de tecnologia assistiva, a criação de um ambiente inclusivo, entre outras, é possível criar uma escola inclusiva onde todos os alunos e alunas tenham a oportunidade de aprender e se desenvolver plenamente.
O SAE Digital oferece materiais didáticos que promovem o desenvolvimento humano e global dos (as) estudantes para garantir a autonomia, o fortalecimento de sua identidade e o desenvolvimento das habilidades necessárias para concretizar seu projeto de vida e atuação na sociedade.
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