Neste cenário de grandes transformações educacionais, como é o caso da implementação da BNCC e do Novo Ensino Médio, um tema importante ainda parece ocupar o segundo plano nos debates e nos planos de ação das redes e instituições de ensino: a formação de professores.

A Educação Básica brasileira vive um momento de profundas mudanças legislativas, que impactam diretamente as construções curriculares das escolas, assim como a prática pedagógica na linha de frente, ou seja, a sala de aula.

Quais são as definições que orientam a formação de professores nesta nova realidade? De que maneira as novas tecnologias podem contribuir no processo de formação, – inicial e continuada, dos professores? Confira no texto!

Mudanças no cenário educacional brasileiro

Com trechos em vigor desde 2017, a BNCC vive neste momento a sua fase de implementação nas escolas do país. As principais críticas ao documento se concentravam especialmente na falta de preparação efetiva dos docentes para colocar em prática aquilo que estipula a Base.

Com relação à formação de professores, o MEC já chegou a propor um documento no final de 2018, a Base Nacional Comum de Formação de Professores (BNCFP). Essa proposta ainda segue sem aprovação, e não chegou ao conhecimento de grande parte dos profissionais da educação.

Esse documento previa, entre outras mudanças, a criação de Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para os cursos de licenciatura, a implementação de residência pedagógica e prova para ingresso na carreira, a criação de estágio probatório e plano de carreira para professores e a definição de critérios de avaliação ao longo da carreira docente.

Anteriormente à BNCC, já existiam definições, tanto da LDB quanto do PNE, para a formação de professores. O Plano Nacional de Educação (PNE) tem 4 metas específicas sobre o tema, todas elas apenas parcialmente cumpridas até o momento.

Apesar do aparente desapreço, trabalhar diretamente na formação de professores, – inicial e continuada, é essencial para tirar do papel as expectativas da nova legislação educacional e efetivamente melhorar a qualidade da educação.

Qual é o papel das novas tecnologias na formação de professores?

Para que seja possível colocar em prática as novas propostas educacionais e avançar em direção a uma educação de mais qualidade, não existe outra saída senão ligar a formação dos professores ao currículo dos alunos. 

De acordo com a professora Maria Estela Lacerda Ferreira, em uma reportagem para o site do Centro de Referências em Educação Integral, “é preciso se ter clareza do que se espera do professor, a partir de uma concepção definida dos alunos que se quer formar”.

Em outras palavras, a preparação e o planejamento do professor precisam estar vinculados à realidade dos estudantes para que resultem em uma transformação efetiva.

Pensando nisso…

Da mesma forma que a Base Nacional prevê uma adequação dos currículos às realidades de ensino locais, ao estipular a existência de uma base comum e de uma parte diversificada, por que não pensar a formação de professores efetivamente preparados para atuar nos diferentes contextos sociais em que estão inseridos?

Por que não aproximar os professores da realidade dos nativos digitais que ocupam hoje as cadeiras da Educação Básica? Por que não inserir a tecnologia de forma relevante na atuação profissional e preparando-os para lidar com o desafio de educar na era digital?

As novas tecnologias têm, cada vez mais, um papel fundamental, tanto na formação dos estudantes, quanto na formação de professores.

Confira os benefícios de incluir a tecnologia na formação de professores

  1. Novas tecnologias abrem novas possibilidades para a formação docente. Elas possibilitam, por exemplo, a existência de cursos à distância, o contato e a troca de experiências com profissionais que vivem realidades parecidas ou muito diversas.
  2. A tecnologia facilita o acesso ao conhecimento. Conteúdo de qualidade, materiais de apoio ao professor, suporte pedagógico e atendimento mais ágil. Tudo isso vem para beneficiar a formação do professor.
  3. Possibilitam a personalização do ensino – também para o professor. Esse é um tema de destaque dentro da nova legislação educacional. A tecnologia também pode ser utilizada para personalizar a experiência de ensino do professor ao longo de sua formação.
  4. Incluir a tecnologia na formação inicial e continuada prepara o professor para utilizar a tecnologia em sala de aula. O contato com a tecnologia desde a formação diminui a resistência do professor no seu uso, preparando-o para identificar as aplicações pedagógicas das novas tecnologias.
  5. O uso das novas tecnologias aproxima o professor da realidade dos alunos. Quando estão presentes desde a formação de professores, as novas tecnologias aproximam a sua prática pedagógica, os seus referenciais e a sua linguagem da realidade dos alunos das novas gerações, melhorando a experiência do ensino e aprendizagem.

Para as escolas privadas, a parceria com o sistema de ensino pode ser outro grande diferencial para a implementação bem-sucedida da nova legislação educacional, – especialmente em relação à formação de professores e ao uso das novas tecnologias.

Quer saber todas as formas como o sistema de ensino pode contribuir para a formação de professores? 

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