BNCC na Educação Infantil

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) esteve presente nas maiores discussões sobre educação nos últimos anos. O documento, já homologado pelo Ministério da Educação (MEC), determina as aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo da Educação Básica. Entre as orientações, a Base apresenta o uso de tecnologia pelas escolas e maior protagonismo do aluno no aprendizado. Diante disso, surge a dúvida: Como aplicar a BNCC na prática?

Vamos explicar o que é a Base Nacional Comum Curricular e seus objetivos. Como é abordada a tecnologia na BNCC para cada etapa da Educação Básica e área do conhecimento. Por fim, traremos algumas dicas de como incluí-la em planos de aula para ajudar os professores e gestores escolares a implementarem a BNCC na prática no dia-a-dia dos alunos.

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O que é a BNCC?

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo que define o conjunto de aprendizagens essenciais que os alunos devem desenvolver ao longo de todas as etapas da Educação Básica. 

Na Educação Infantil e no Ensino Fundamental, as orientações da BNCC devem ser aplicadas ainda em 2020. Já no Ensino Médio, devem ser implementadas até o fim de 2022.

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O objetivo da BNCC é garantir que os conteúdos, habilidades e competências sejam os mesmos para todos os estudantes do Brasil, independente da localização. 

O documento deve ser interpretado como um conjunto de orientações para nortear a elaboração dos currículos pedagógicos em escolas particulares e públicas. Assim, espera-se a redução das desigualdades educacionais do país, não apenas nivelando, mas elevando a qualidade do ensino.

BNCC e a tecnologia

Como explicado anteriormente, um dos propósitos da Base Nacional Comum Curricular é formar estudantes com conhecimentos e habilidades considerados essenciais para o século XXI. A BNCC na prática incentiva a modernização dos recursos e práticas pedagógicas, com o uso da tecnologia.

Diante desse objetivo, a tecnologia permeia a Base Nacional Comum Curricular como um todo. Entretanto, as competências gerais, especialmente as de número 4 e 5, trazem mais detalhes de como a aplicar a tecnologia na BNCC na prática. Veja só:

“4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.”

(Base Nacional Comum Curricular)

“5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.”

(Base Nacional Comum Curricular)

Na competência 4, o documento prevê a utilização de diversas linguagens para a expressão e partilha de informações, entre elas a digital. Ou seja, o objetivo é diversificar as linguagens utilizadas em sala de aula, com o ensinamento delas para os outros alunos, e levar ao entendimento de todos.

Já na competência de número 5, o assunto é o protagonismo do estudante durante as práticas escolares. Para isso, o BNCC orienta a criação e utilização de tecnologias digitais para a comunicação.

Além das competências gerais, o documento ainda traz orientações específicas de como deve ser a BNCC na prática com relação a aplicação da tecnologia em cada etapa da Educação Básica. Veja abaixo quais são elas.

BNCC na prática – Educação Infantil

Na Educação Infantil, a Base Nacional Comum Curricular propõe a inserção da tecnologia nos processos de aprendizagem e desenvolvimento. Entre os saberes culturais, uma das modalidades que devem ser exploradas é a tecnologia. Isso é orientado em um dos itens da seção de Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento na Educação Infantil da BNCC:

“Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções, transformações, relacionamentos, histórias, objetos, elementos da natureza, na escola e fora dela, ampliando seus saberes sobre a cultura, em suas diversas modalidades: as artes, a escrita, a ciência e a tecnologia.”

(Base Nacional Comum Curricular)

Saiba mais sobre a BNCC na Educação Infantil

BNCC na prática – Ensino Fundamental 

No Ensino Fundamental, orienta-se o uso da tecnologia de forma crítica, consciente e responsável em todas as áreas. Mas a proposta de aplicação mais direta dos meios digitais no ensino dos alunos é dividida entre as áreas do conhecimento e disciplinas. 

Veja um resumo de como implementar a BNCC na prática, no que se refere ao uso de tecnologia em cada componente curricular:

1. Linguagens

Relacionar as linguagens da Arte e suas práticas integradas que podem ser possibilitadas pelo uso das novas tecnologias (informação, comunicação, cinema e audiovisual);

Utilizar as tecnologias digitais crítica e eticamente nas práticas sociais;

Utilizar as novas tecnologias para a prática de letramento na língua inglesa;

2. Matemática

Utilizar processos, ferramentas matemáticas e tecnologias digitais disponíveis para compreender e resolver problemas.

3. Ciências da Natureza

4. Ciências Humanas

Desenvolver o pensamento espacial para resolver problemas, utilizando as linguagens cartográficas e iconográficas de diferentes gêneros textuais e das geotecnologias;

Produzir e utilizar as tecnologias digitais de forma crítica, ética e responsável, compreendendo seus significados para diferentes grupos ou estratos sociais.

Para saber mais, confira as mudanças que a BNCC prevê para os anos iniciais e para os anos finais do Ensino Fundamental.

BNCC na prática – Ensino Médio

A Base Nacional Comum Curricular divide o currículo do Ensino Médio em cinco diferentes itinerários formativos. São eles:

Nessa fase, acredita-se que o estudante tenha papel mais proativo no processo de aprendizagem e também no uso das tecnologias. Assim, a BNCC prevê que a escola possibilite aos estudantes apropriar-se das linguagens das tecnologias digitais e tornar-se fluentes em sua utilização.

Deve acontecer, também, a consolidação da aplicação dos recursos tecnológicos em cada disciplina, conforme explicitada nas orientações para o Ensino Fundamental. Além disso, o documento prevê garantir a contextualização dos conhecimentos gerais, articulando as dimensões do trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura.

Saiba mais sobre a BNCC do Ensino Médio

BNCC na prática

BNCC na prática – Como aplicar tecnologia no ensino?

Para aplicar a BNCC na prática é preciso implementar a tecnologia no dia-a-dia da educação dos estudantes. Ela pode, inclusive, melhorar o desempenho de seus alunos.

Diante dessa nova normatização, o investimento em tecnologia educacional torna-se ainda mais essencial. Além de se adequar à BNCC, isso aproxima a educação da realidade dos alunos. Os formatos digitais também aumentam os recursos disponíveis para os professores ensinarem. Consequentemente, expandem as possibilidades de compreensão e aprendizado dos jovens.

Por que continuar investindo em tecnologia na escola após a pandemia?

Veja 6 maneiras de adotar a tecnologia na BNCC na prática:

Desde pequenas, as crianças lidam diariamente com ambientes virtuais, seja no contato com videogames, celulares ou tablets. Por saberem se comunicar muito bem nesses ambientes, cabe aos professores explorarem esse conhecimento, também, na educação formal.

+ Professor 2.0 e o seu papel na BNCC

A recomendação para os professores é identificar atividades que possam ser transpostas ou repensadas para os meios digitais. As ferramentas são muitas: desde criar grupos em redes sociais com discussões temáticas, ou até mesmo utilizar um ambiente virtual de aprendizagem.

Outra alternativa para incentivar o uso da tecnologia em todas as disciplinas e ajudar a implementar a BNCC na prática é a indicação de textos no formato digital. A diferença deste formato é que o consumo é realizado com base na linguagem hipertextual, não linear. Isso significa uma possibilidade de expansão de conhecimento sobre um tema específico, ajudando a esclarecer conceitos, vocabulários e contextualização histórica em meio à leitura. Ou seja, a leitura passa a ser mais ativa e interativa do que quando feita em um papel.

Muitos materiais didáticos possuem versão digital, que podem ser usada como um recurso. O uso do livro digital, e-books e textos de portais de notícias também são uma ótima alternativa para incentivar esse tipo de leitura e protagonismo do aluno.

Uma vantagem do meio virtual é a possibilidade de produção de conteúdo em diversos formatos. A experiência enriquece o aprendizado dos estudantes na produção de trabalhos para a escola.

O meio virtual possibilita, também, a produção de conteúdos de forma colaborativa. Há ferramentas que permitem que os alunos construam textos dessa maneira, com edições, comentários e feedbacks em tempo real. Mas outra opção, que vai além na interatividade, é a criação de um blog da turma. As vantagens são inúmeras como: 

Os recursos tecnológicos também devem ser aplicados ao plano de aula dos professores. Para isso, vale usar diferentes formatos na transmissão do conteúdo para os alunos, como apresentação em slides, vídeos ou mapas mentais. Esta variedade colabora para o engajamento da turma nas aulas. 

Algumas ferramentas gratuitas podem ajudar nessa função:

Além destes, há diversos aplicativos e softwares educacionais que ajudam a elaborar os planos de aula com mais tecnologia. Inclusive há jogos educativos nos celulares e tablets que também podem ser aproveitados dentro de sala de aula

Também é possível para os professores experimentarem a avaliação dos alunos em formatos além da prova em papel e caneta, explorando os meios digitais. 

Caso a escola adote um sistema de ensino, é interessante verificar se há avaliações e atividades extras disponíveis online. Mas também é possível desenvolver pesquisas, avaliações e questionários por meio de ferramentas gratuitas, incrementando a avaliação tradicional.

Veja nosso webinário sobre avaliações on-line

Atualizar materiais didáticos é mais uma ação que ajuda a escola a se aproximar mais da realidade dos alunos, gerando mais interesse. O material atualizado anualmente ajuda a inserir a tecnologia em seus temas e meios de aprendizado. 

Outra vantagem é a otimização do planejamento de aulas do professor. A atualização constante dos materiais usados em aulas pode ser obtido em parceria com um sistema de ensino.

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