As avaliações são ferramentas utilizadas há muito tempo, como forma de verificar se os alunos assimilaram os conteúdos estudados em sala de aula. A avaliação diagnóstica na retomada das aulas é mais uma aliada no retorno das aulas, auxiliando no acompanhamento da aprendizagem.
Existem vários tipos de avaliação, aplicadas de acordo com objetivos específicos, sendo que os principais são: avaliação somativa, avaliação formativa e avaliação diagnóstica.
Entretanto, especialmente após a pandemia, apenas atribuir uma nota ao desempenho dos estudantes tornou-se ineficaz para o processo de ensino e aprendizagem, que deve ser pensado de forma ampla, considerando a formação integral dos alunos, e não somente a cognitiva e intelectual.
O processo avaliativo, para ser produtivo, deve auxiliar o aluno em sua trajetória educacional e estimular seu desenvolvimento, como um instrumento de base para si e para o trabalho do professor.
Por isso, a avaliação diagnóstica pode ser uma importante aliada na retomada das aulas presenciais, uma vez que é capaz de ajudar a mapear os pontos fortes e as dificuldades da turma, individualmente e conjuntamente, principalmente em relação ao desenvolvimento durante o ensino remoto.
Além disso, ela atende ao objetivo do direito de aprendizagem e desenvolvimento dos alunos de acordo com a BNCC, de modo a garantir uma formação humana integral, e não só acadêmica.
O que é avaliação diagnóstica?
É uma ferramenta que colhe dados acerca do nível de conhecimento dos alunos, considerando o repertório prévio que adquiriram, tornando possível avaliar a eficácia do processo de ensino e aprendizagem.
Com a avaliação diagnóstica, é possível identificar as dificuldades específicas de cada aluno na assimilação do conteúdo, a fim de conhecer a realidade de cada turma e analisar o grau de domínio dos estudantes sobre as competências e habilidades – acadêmicas e pessoais – necessárias.
O intuito é utilizar as informações obtidas para a elaboração de estratégias pedagógicas que busquem superar os desafios e garantir a assimilação, por parte dos alunos, dos conteúdos ministrados em sala de aula, para que todos acompanhem o processo.
De modo geral, os objetivos desse tipo de avaliação são:
- Verificar as necessidades de desenvolvimento dos alunos;
- Identificar as causas de dificuldades de aprendizagem;
- Embasar o trabalho do professor.
A avaliação diagnóstica costuma ser aplicada no início do ano letivo, pois permite a identificação do que os alunos já sabem, antes de começar as aulas, possibilitando que o professor realize o planejamento com base nessas informações.
Porém, ela também pode ser aplicada em outros períodos do ano, conforme a necessidade, visto que é uma forma de averiguar se as atividades propostas estão tendo o resultado esperado. Na retomada das aulas presenciais, ela é importante para identificar as dificuldades de avanço dos alunos no período de isolamento social.
Caso os resultados estejam abaixo do esperado no meio do ano, por exemplo, é possível reformular as estratégias para recuperar o desempenho dos alunos até o final do ano letivo. Essa também é uma forma de analisar o ensino da escola de modo geral.
A avaliação diagnóstica pode ser aplicada de várias maneiras, e entre os instrumentos utilizados estão:
- Questionários: modelo tradicional com perguntas e respostas.
- Seminários: realização e apresentação de trabalhos sobre os temas.
- Produção de texto: escrita sobre temas previamente estudados, analisando os conteúdos e os aspectos linguísticos;
- Leitura e interpretação de texto: atividades voltadas para habilidades que envolvam a alfabetização de modo geral e a capacidade de compreensão e transmissão de informações;
- Cálculos: atividades voltadas para as habilidades de resolver problemas numéricos e de lógica.
Os resultados da avaliação oferecem um diagnóstico da turma e a identificação dos alunos que precisam de maior orientação, permitindo ao professor elaborar um plano de ação com intervenção pedagógica para atender a essas necessidades.
A ideia da avaliação não é desvalorizar os estudantes que apresentarem dificuldades e um baixo rendimento; ao contrário, ela serve para ajudá-los em seu desenvolvimento e aperfeiçoamento. Por outro lado, também não se deve negligenciar os alunos que apresentarem os melhores resultados, pois todos devem ser considerados no planejamento das aulas com a devida atenção.
Um aspecto importante da avaliação diagnóstica, que a difere das demais formas de avaliar, é a prevenção, pois ela prevê as dificuldades e permite a realização de intervenções imediatas.
Qual é o objetivo da avaliação diagnóstica na retomada das aulas?
A avaliação diagnóstica na retomada das aulas tem o objetivo de avaliar como foi a aprendizagem dos alunos durante o ensino remoto, no período de pandemia, para verificar sua eficácia, sua contribuição para o desenvolvimento dos alunos e seus pontos que necessitam de recuperação.
Os resultados possibilitarão identificar os pontos específicos nos quais os alunos tiveram mais dificuldade e se conseguiram assimilar tudo o que foi proposto nas atividades remotas. A partir deles, poderão ser elaboradas estratégias pedagógicas para superar as defasagens e, então, dar continuidade ao processo acadêmico. Eles serão, assim, o insumo necessário para consolidar o planejamento da recuperação.
As informações obtidas com o diagnóstico devem guiar o planejamento docente e a escolha por intervenções pedagógicas adequadas, para promover a recuperação dos pontos identificados como críticos.
O diagnóstico também permite que o professor possa adequar suas abordagens e estratégias de ensino às necessidades de cada aluno, estimulando seu progresso individual e fazendo com que ele atinja novos patamares em suas competências.
De modo geral, a avaliação diagnóstica deve considerar as individualidades dos estudantes e servir como guia para eles e o professor, facilitando uma construção personalizada do conhecimento.
A proposta da avaliação é atrair os estudantes, estabelecendo um vínculo com a escola para evitar a evasão, o que é um grande risco, já que muitos abandonaram os estudos durante o fechamento das instituições de ensino.
Por isso, é preciso motivá-los a não considerar que foi um ano perdido, mas sim considerar as novas possibilidades que se apresentaram, como uma nova forma de aprender e de se relacionar com os outros e consigo mesmo.
A avaliação diagnóstica deverá ser realizada de forma diferente da que era utilizada até então, levando em conta as particularidades do momento e seus objetivos específicos, sendo não apenas uma ferramenta para avaliar, mas para ensinar também.
A avaliação diagnóstica na retomada das aulas presenciais é uma recomendação do Conselho Nacional de Educação, com o intuito de verificar a efetividade do ensino remoto e identificar possíveis defasagens no aprendizado durante o período de quarentena.
Essa ferramenta é essencial para planejar o retorno de maneira organizada, segura e eficiente, considerando que o cenário atual é um tanto incerto. Dentre todas as suas características, seu caráter preventivo é bastante oportuno.
Como preparar a avaliação diagnóstica na retomada das aulas?
As práticas de ensino pautadas na aprendizagem ativa devem se basear em três princípios básicos:
- Os conhecimentos prévios e as experiências dos estudantes.
- O conteúdo a ser ensinado e sua natureza.
- A variação de estratégias e o levantamento de múltiplas hipóteses didáticas.
Para desenvolver o plano de aula, deve-se realizar esse levantamento, obtido pela avaliação diagnóstica.
Para elaborar a avaliação, é preciso adequá-la a cada realidade e estabelecer com clareza os objetivos específicos a serem alcançados, além de definir qual instrumento será utilizado para aplicar a avaliação, o público-alvo, o formato (impresso ou digital), a data, os conteúdos, entre outros.
Como realizar a Avaliação diagnóstica na retomada das aulas?
Após a elaboração da avaliação diagnóstica, é hora de aplicá-la aos alunos de acordo com o modelo adotado, presencialmente na escola, com material impresso ou on-line, através de recursos digitais que sua escola disponha.
O SAE Digital elaborou avaliações diagnósticas e disponibilizou um guia de aplicação completo para ajudar as escolas conveniadas nessa tarefa, com materiais para aplicação impressa e on-line.
O público-alvo inclui Ensino Fundamental — Anos Iniciais (1º ao 5º anos); Ensino Fundamental — Anos Finais (6º ao 9º ano) e Ensino Médio (1ª a 3ª série/Extensivo).
O conteúdo das avaliações contempla as principais habilidades contidas nos livros didáticos que foram trabalhadas até o momento de forma remota. As questões contêm um texto-base para auxiliar na compreensão e assimilação do tema, seguido de um enunciado e alternativas de repostas.
Os resultados dessa avaliação fornecerão as informações para a avaliação diagnóstica, pois demonstrarão o desempenho da turma em cada habilidade avaliada nos componentes curriculares, sendo essa a base do diagnóstico. Essas informações servirão de ponto de partida, a partir do qual os professores poderão direcionar suas abordagens futuras.
Aplicação impressa
Um consultor pedagógico fornece um arquivo com o modelo para aplicação impressa das avaliações. Ela ocorrerá presencialmente na escola.
Os materiais e recursos oferecidos incluem:
- Cadernos de questões: contém os itens da prova separados em 2 partes, com a opção de aplicar uma a cada dia.
- Gabaritos comentados: contém as respostas corretas e incorretas comentadas, justificando cada alternativa.
- Planilha modelo para análise de resultados: oferece orientações de como preenchê-la e interpretar os resultados obtidos.
Aplicação on-line
As mesmas avaliações disponibilizadas pelo consultor pedagógico para aplicação impressa na escola são disponibilizadas em formato digital para serem aplicadas através da Plataforma de Avaliações On-line.
Para essa modalidade, são oferecidos os seguintes recursos:
- Acesso à Plataforma da Avaliações On-line: uma janela específica contém a prova em formato digital. Para tanto, é preciso realizar o cadastro dos alunos e coordenadores no SAE.
- Agendamento das avaliações: a escola define os dias, e o agendamento é automático. As provas ficarão disponíveis para resolução de segunda a sexta-feira, dentro da janela de aplicação, entre 7h30 e 21h.
- Dias de prova e tempo de resolução: opção de aplicação dividida em 2 dias, com o tempo de duração definidos conforme necessidade.
- Correção das avaliações: após a finalização da avaliação, o aluno terá acesso ao resultado obtido, com sua porcentagem de erros e acertos.
- Relatórios de desempenho por aluno, turma, escola e habilidade: a escola terá acesso às estatísticas, e com isso é possível mapear as necessidades de aprendizagem dos alunos, ou seja, ter acesso ao diagnóstico resultante da avaliação.
Essa é mais uma solução que o SAE Digital oferece para sua escola. Por meio dessa ferramenta auxiliamos o trabalho docente e o planejamento de retorno às aulas presenciais.
Para ter acesso a esse serviço e oferecer o melhor ensino aos seus alunos, fale com um dos nossos consultores.
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