O planejamento de aula – ou plano de aula – é um documento que serve de “guia” para a prática pedagógica. Produzido pelo próprio professor – muitas vezes com orientação do gestor pedagógico da escola – o plano de aula não só orienta como organiza a rotina do docente dentro de sala de aula, prevendo as situações em que se dará o processo de ensino e aprendizagem.
Neste post, vamos falar do planejamento de aula sob uma visão prática, listando aprendizados dos planejamentos de aula da Educação Infantil que podem ser aproveitados para construir melhores planos para as próximas etapas de ensino. Vamos lá?
Para que serve o planejamento de aula na prática?
Todo profissional da Educação sabe da importância de ter um bom planejamento antes de entrar na sala para mais um dia de aula. O planejamento de aula serve tanto para sistematizar a prática pedagógica quanto para auxiliar o professor na organização do seu cronograma, dos recursos necessários para cada interação e até do seu sistema de avaliação.
O planejamento também oferece uma visão mais clara dos objetivos educacionais esperados para o desenvolvimento do estudante ao longo de cada etapa de ensino. Ele faz uma ponte importante com os documentos normativos, como a BNCC e o currículo da instituição de ensino – sendo essenciais para que se faça valer na prática, na sala de aula, tudo aquilo que foi definido como objetivo pelos órgãos educacionais e pela própria escola.
Descubra neste texto como fazer um plano de aula de acordo com a BNCC
Além dos objetivos que já citamos anteriormente, outros dos principais objetivos do planejamento de aula são:
1. Definir as expectativas de aprendizagem, competências e habilidades que serão desenvolvidas a cada aula;
2. Elencar e verificar os conhecimentos prévios necessários aos alunos;
3. Definir e providenciar o ambiente e os recursos – físicos ou digitais – que serão utilizados;
4. Desenhar, passo a passo, os procedimentos e atividades que serão realizados para a aplicação e a fixação do conhecimento;
5. Definir os critérios – o que se espera que o aluno tenha aprendido – e os métodos avaliativos.
O que você perde quando não tem um bom planejamento de aula?
Já deu para ver que ter um planejamento de aula bem definido é essencial para todas as etapas de ensino, não é? E, mesmo assim, não é raro que essa prática vá se perdendo ao longo do ano letivo e, especialmente, na transição para os anos finais do Ensino Fundamental para o Ensino Médio.
Muitas vezes, os professores e as equipes pedagógicas deixam de ver o valor na elaboração de um planejamento de aula principalmente para essas etapas. Isso pode desencadear várias consequências negativas, como:
1. As aulas podem se tornar maçantes e improdutivas.
2. Fica cada vez mais difícil engajar os alunos no processo de aprendizagem.
3. O professor perde a visão dos seus objetivos e dos objetivos da instituição.
4. Turmas diferentes de uma mesma etapa de ensino podem se desenvolver de forma discrepante.
5. Fica mais difícil acompanhar e manter registro da evolução da turma.
Planejamento de aula: o que podemos aprender com a Educação Infantil
Sendo assim, como desenvolver um planejamento de aula prático e relevante para o Ensino Fundamental e Médio?
A seguir, listamos duas grandes lições dos planejamentos da Educação Infantil, que podem ser utilizadas para construir melhores planos para as próximas etapas de ensino. Veja só!
1. Criatividade
Pode parecer um despropósito dizer que os professores de Ensino Fundamental e Médio devem ser criativos como os da Educação Infantil na elaboração do planejamento de aula, quando, nessas etapas, com frequência existe uma pressão maior para vencer o conteúdo previsto.
A verdade, no entanto, é que um planejamento de aula criativo e bem elaborado pode acabar poupando tempo do professor. Um planejamento criativo ajuda a engajar os alunos e criar melhores condições para que se dê o processo de ensino e aprendizagem, – facilitando, inclusive, a compreensão de conceitos mais complexos.
E o que é um planejamento criativo? Um planejamento de aula não precisa ter elementos mirabolantes para que seja considerado criativo. É simplesmente aquele que:
1. Busca apoio em recursos e materiais que falem a mesma linguagem dos estudantes (recursos tecnológicos, gêneros digitais etc.).
2. Estimula e valoriza a participação e a autonomia dos estudantes por meio de provocações e atividades práticas de fixação (debates, projetos multidisciplinares, aula invertida etc.).
Se quiser saber mais sobre como trazer a tecnologia de forma simples e relevante para os seus planos de aula, confira este outro post:
Plano de aula: 6 ideias para inserir a tecnologia de maneira relevante
2. Flexibilidade
Além de explorarem os recursos e as práticas pedagógicas de forma criativa, outra grande lição dos planejamentos da Educação Infantil é considerar alternativas para diferentes situações de ensino e para diferentes perfis de alunos.
Quando a aula não acontece exatamente como planejada ou quando um estudante ou um grupo de alunos requerem uma abordagem diferenciada, o professor deve compreender que o planejamento de aula não é algo escrito em pedra. Muito pelo contrário, o planejamento é um documento dinâmico e flexível, que serve como guia, mas não deve engessar a prática pedagógica.
Por fim, o planejamento pode se basear também no material didático utilizado, explorando ao máximo o que esse material oferece (atividades de sistematização, projetos e referências complementares), mas sem ficar restrito a ele. Um planejamento flexível busca trazer para o dia a dia uma conexão cada vez mais próxima à realidade dos estudantes.
Como é feito o planejamento de aula na sua instituição? Ele é valorizado desde a Educação Infantil até o Ensino Médio? Compartilhe a sua experiência nos comentários!
Bom dia!
Um material rico para nós professores. Já conhecia o siatema SAE.Trabalho com Educação Infantil e acho positivo como vocês abordam dada tema.
Oi Márcia! Que bom que gostou! Continue acompanhando o Blog. Temos novidades toda semana!