Você já sabe que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é o documento que estipula um conjunto essencial de conhecimentos e habilidades comuns para todos os alunos da Educação Básica no Brasil. Agora… Você sabe o que é e para que serve a parte diversificada? Neste texto, apresentamos as diferenças entre a Base comum e a parte diversificada, para ninguém ficar com dúvidas sobre o assunto. Vamos ler?
O que é a parte diversificada? De que forma ela difere da Base comum?
Enquanto a Base comum traz definições pertinentes a todos os estudantes e instituições de ensino do país, a parte diversificada pode trazer aos currículos das escolas conteúdos complementares, a serem definidos pelas próprias redes, instituições e sistemas de ensino. A parte diversificada complementa e enriquece a Base comum, respeitando características regionais e locais da sociedade. Isso não significa alterar aquilo que já está previsto no documento da BNCC, e sim inserir novos conteúdos integrados a ele, que estejam de acordo com as competências já estabelecidas.
Um exemplo é a iniciativa da Prefeitura da Cidade de São Paulo, que optou por inserir, já em 2018, aulas de programação e letramento digital nas grades das escolas do município. Esse tipo de conteúdo não está previsto na Base comum, mas alinha-se perfeitamente às competências e habilidades previstas, além de refletir uma necessidade das escolas da maior cidade brasileira.
Qual é o objetivo de ter uma parte diversificada no currículo?
O Brasil é um país extremamente diverso, com dimensões continentais. A parte diversificada serve para que os profissionais da educação tenham a oportunidade de adequar seus currículos e práticas à realidade de sua instituição de ensino e do local onde está inserida. Ela dá liberdade para que as Unidades Federativas, escolas e redes de ensino público e de ensino privado apresentem em suas grades temas de relevância social e cultural, contextualizados com a realidade dos seus alunos e da comunidade escolar como um todo. Em suma, o objetivo de ter uma parte diversificada nos currículos locais é buscar formas de suprir as carências e necessidades das escolas brasileiras, que experimentam os mais diferentes contextos.
A Base comum e a parte diversificada correspondem a que porcentagem dos currículos locais?
A Base comum deve ser contemplada em sua totalidade nos currículos estaduais, municipais e das instituições de ensino. A parte diversificada, por sua vez, pode corresponder a até 40% dos currículos locais. Dentro desta margem, cabe aos profissionais da educação a definição dos conteúdos que são relevantes para a realidade em que estão inseridos.
Já sabe como anda o debate sobre a parte diversificada no seu estado, município e instituição de ensino? Sua escola já está se preparando para a chegada da BNCC? Não deixe de acompanhar esse processo em sua região!
Quer saber mais sobre a BNCC e sua implementação nas escolas? Leia o nosso super post e saiba tudo sobre o assunto!
Boa noite. Muito obrigada pela riqueza de informações que nos trazem, estou aprendendo muito com os temas e creio ser fundamental para a minha formação. Quem diz que filho de pobre não tem acesso a informação não conhece os vossos trabalhos. Obrigada!
Olá, Zildete! Ficamos muito felizes que o conteúdo do Blog seja significativo para a sua realidade. Um grande abraço! 🙂
esperamos q realmente essa proposta da bncc possa garantir os discentes do ensino fundamental e medio conhecimentos curriculares q lhes proporcionem uma preparacao eficientes para o mercado de trabalho e para a vida.
Olá, Ivanildo! Acreditamos que o engajamento dos profissionais da educação será fundamental para o sucesso da BNCC na formação integral dos estudantes. Agradecemos o seu comentário! Abraços! 😉
Qual a fonte para afirmar que a parte diversificada corresponde a até 40% dos currículos locais???
Olá, Marcia! Essa informação aparece de maneira mais explícita na alteração da redação do artigo 35-A, da Lei 9394/96, e na lei da reforma do Ensino Médio – Lei 13.445/2017, que afirma:
“§5º – A carga horária destinada ao cumprimento da Base Nacional Comum Curricular não poderá ser inferior a 60% (sessenta por cento) do número total de horas do ensino médio.”
Espero ter respondido à sua questão. Obrigada pelo comentário! Abraços 🙂
É importante uma base nacional para educação. Mas, percebo que quando se fala da parte diversificada do currículo, para que garanta questões regionais, locais, falta se atentar a um detalhe importante. Hoje as escolas são bastante cobradas por maiores rendimentos em provas externas. A base garante que até 40% do currículo possa atender essas características. Mas as provas externas não terão esses características. E aí? O que aparenta é que escolas possam se distanciar ou dá menor importância a questões tão importante na construção identitárias dos estudantes com suas localidades.
Olá, Romero. Tudo bem?
O seu comentário vai ao encontro de muitas preocupações e dúvidas levantadas com relação a BNCC. A preocupação em delimitar que o conjunto de aprendizagens definidas pela Base ocupe 60% dos currículos das instituições e sistemas de ensino é uma forma de buscar uma garantia para essa situação. Por um lado, delimita o quanto deve ser destinado aos conteúdos previstos pela Base; por outro, estabelece justamente a possibilidade e a obrigatoriedade dos currículos em contemplar aspectos diversificados, próprios das necessidades de cada instituição e região. As provas externas, aspecto histórico no cenário educacional Brasileiro, deverão também passar por adequações de acordo com os novos documentos, ainda que um processo mais longo e ainda impreciso. De toda forma, ao garantir os 40% para a parte diversificada, há uma exigência legal de que esses aspectos sejam observados por todas as escolas e instituições de ensino. Ou seja, ignorar essa divisão para focar apenar no que é cobrado hoje por provas, concursos e outros processos externos de avaliação, incorreria em contrariar a própria legislação vigente.
Agradecemos as suas observações, pensar aspectos tão importantes como esses nos ajuda a refletir sobre a educação!
Muito bacana!!!! A informação é objetiva, clara e com competência!!!! Obrigada pela contribuição!!!!!
Obrigada pelo comentário, Sandra! Em breve teremos muitos conteúdos novos sobre a BNCC… 😉
Boa noite..
Gostaria de saber se Língua Inglesa vai ficar na parte diversificada ou na parte comum?
Parabéns pelo texto.
Olá, Ivoneide! Como vai? O componente de Língua Inglesa é obrigatório e faz parte da Base Comum a partir do 6º ano do Ensino Fundamental. No entanto, pode ser ofertado na Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental como Parte Diversificada 🙂
Obrigada por seu comentário!
Parabéns pelas informações tão pertinentes.
São de fato, conhecimentos necessários à prática docente. Gostei muito!!!
Oi Vera! Que bom que gostou! Continue acompanhando o Blog, temos novidades toda semana!
Boa Tarde! Muito obrigada por esse material tão rico sobre a BNCC.
Oi Maria Duarte! Que bom que gostou! Continue acompanhando o Blog.
Boa tarde!
Gostaria de dizer que a matéria é bastante esclarecedora e muito contribuiu para o meu entendimento. Mas tenho uma dúvida:
– Quantos componentes curriculares posso ofertar para o Ensino Fundamental de 6º ao 9º Anos?
Antecipadamente, agradeço.
Olá Vico! Que bom que você gostou! Continue acompanhando o Blog, temos novidades toda semana!
Os componentes curriculares para os Anos Finais são: Língua Portuguesa, Arte, Educação Física e Língua Inglesa*
*A inclusão da Língua Inglesa como componente curricular obrigatório é uma das mais importantes mudanças no Ensino Fundamental – Anos finais.
Matemática, Ciências, Geografia, História e Ensino Religioso.
Confira todas as informações aqui: https://sae.digital/bncc-mudancas-no-ensino-fundamental-anos-finais/
Os objetos (conteúdos) da parte diversificada, podem ser trabalhados nos componentes da base nacional comum?