A intimidação sistemática, mais conhecida como bullying, é discutida constantemente em seriados, filmes, nas redes sociais e também nas instituições de ensino. Infelizmente, o bullying na escola faz parte da realidade de muitas instituições e os esforços para combatê-lo são enormes.
Você sabia que 1 em cada 10 estudantes brasileiros é vítima de bullying? Esse dado foi revelado no último relatório do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa). Já uma pesquisa da Organização das Nações Unidas (ONU) mostra que 50% das crianças e dos jovens do mundo já sofreram algum tipo de bullying.
Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), esse número chega a 43% no Brasil. E mesmo estando abaixo da média global, esse dado indica a gravidade da prática no país. As escolas – como espaços formativos – são essenciais para combater o bullying e prevenir novos casos.
Você já sabe como identificar o bullying na escola e como combatê-lo? Ainda não? Nesse texto respondemos à essas questões. Vamos ler?
Afinal, o que é bullying?
“Considera-se intimidação sistemática (bullying) todo ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo que ocorre sem motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando dor e angústia à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.”
(Lei Nº 13.185, de 6 de novembro de 2015)
Ou seja, o bullying é uma agressão intencional, repetitiva e que acontece somente entre pares, (de alunos para alunos) que estão normalmente em desigualdade de poder. O termo surgiu da palavra inglesa “bully” que significa:
“brigão, valentão, arruaceiro. O termo é hoje amplamente utilizado no Brasil para identificar as ações daqueles que têm o desejo consciente e deliberado de maltratar outra pessoa mais fraca, ou colocá-la sob permanente tensão, impondo-lhe sofrimento físico ou psicológico.”
Essa prática é caracterizada, de acordo com a Lei Nº 13.185 – mais conhecida como Lei Antibullying – por meio de ataques físicos, comentários sistemáticos, apelidos pejorativos, ameaças, expressões preconceituosas, isolamento social (consciente e premeditado), entre outros.
Quais são as causas do bullying na escola?
As causas para o bullying acontecer são inúmeras e envolvem alguns fatores psicológicos. As intimidações começam quando existem diferenças e quando há uma disputa pelo poder entre os alunos. Frequentemente, a vítima é oprimida por sua aparência, pelo seu tipo físico e pelas diferenças socioculturais em relação aos outros. Até mesmo tirar uma nota mais alta pode motivar o bullying.
Dessa forma, é imprescindível que a escola combata o preconceito, estimule o respeito à diferença e à colaboração para tornar o ambiente pacífico e agradável para todos.
Como identificar o bullying na escola?
Normalmente, em casos de bullying escolar, as vítimas se sentem acuadas e não contam para seus pais ou professores sobre a violência que sofrem. Isso acontece principalmente porque a maioria sofre ameaças dos agressores para que fiquem em silêncio, além de se sentirem culpados e de não quererem parecer covardes.
Por isso, é muito importante que diretores, coordenadores, professores e demais colaboradores da instituição estejam atentos para poder identificar o bullying na escola. Mas o que observar? Os sinais mais comuns são:
- tristeza e irritabilidade;
- falta de vontade ou medo de ir à escola;
- faltas frequentes;
- queda de rendimento na escola;
- isolamento ou poucas amizades;
- irritabilidade;
- perda de apetite e insônia;
Esses são apenas alguns sinais que podem ser apresentados. Portanto, é preciso que as escolas estejam atentas aos possíveis sintomas. Além disso, é fundamental estar em alerta aos sinais que os agressores podem apresentar. Os principais são a agressividade e a visão de superioridade em relação aos colegas.
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Quais são as consequências?
Ao entender que bullying na escola compreende indivíduos em formação é evidente que os danos causados por essa prática podem persistir até a vida adulta. Além de uma possível agressão física, o bullying também traz prejuízos ao psicológico das vítimas.
Em muitos casos não há como comprovar se a violência está mesmo acontecendo, o que faz com que a vítima fique em silêncio e com medo de não acreditarem nela. De acordo com Gabriel Chalita, em seu livro ‘Bullying: o sofrimento das vítimas e dos agressores’, em situações assim, a descoberta da violência sofrida é demorada, o que dificulta e prejudica o processo de aprendizagem e a socialização.
Como combater o bullying na escola?
O bullying na escola não pode ser considerado apenas uma brincadeira ou uma fase. Como já explicamos nesse post, ele traz inúmeras consequências negativas para a vítima e também para o agressor.
Por isso, é imprescindível que a escola conscientize seu corpo docente, os demais colaboradores, os alunos e pais por meio de palestras, informativos e debates. Mas o que trabalhar com cada um deles?
1. Professores e demais colaboradores da instituição
A escola como agente formativo tem papel fundamental na prevenção do bullying, portanto deve estar preparada para lidar com ele e resolvê-lo. Diante disso, é importante capacitar seu corpo docente e demais colaboradores para que todos entendam a gravidade da intimidação sistemática e contribuam para acabar com a prática e possam prevenir novos casos.
2. Alunos
Além de discutir com todos alunos o bullying na escola e suas consequências, é imprescindível deixar claro para todos que quem o pratica será punido e que as agressões não serão entendidas como uma simples brincadeira. Outro ponto importante é fazer com que as vítimas saibam que podem ser ouvidas e que a escola pode ajudá-las.
3. Pais
Pais presentes na rotina escolar dos filhos são grandes aliados da escola no combate ao bullying. Por isso, é importante que eles estejam sempre cientes do comportamento de seus filhos e que sejam incentivados a dialogar em casa sobre o tema.
Fique atento ao cyberbullying!
O cyberbullying – a intimidação virtual – é outro ponto que as escolas e pais devem ficar em alerta. Quando a intimidação deixa de acontecer somente no espaço escolar e ganha o espaço virtual, a sensação de impotência e de insegurança da vítima pode aumentar.
Não deixe de observar o comportamento de seus alunos e de combater o bullying na escola. Conte para a gente como sua instituição está trabalhando contra esse tipo de violência. Deixe seu comentário!
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