Criação com apego

O post de hoje pretende trazer uma reflexão acerca da paternidade nos dias de hoje e como ela mudou ao longo do tempo, acompanhando as transformações da sociedade.

Historicamente, a paternidade sempre foi representada pelo homem enquanto pai, entretanto, nos dias atuais, qualquer pessoa pode representar esse papel desde que cumpra a função de pai.

A função de pai sempre esteve associada ao homem que sustenta a casa e provê as necessidades dos filhos no âmbito material, além de ser visto como autoridade sobre a família. O pai costumava ser um tanto ausente na vida dos filhos, pois passava o dia todo trabalhando e, quando estavam em casa, era momento de descansar sem ser incomodado. Esse é só um dos cenários para termos uma ideia.

A participação na vida dos filhos nunca foi igualitária para pais e mães. Um exemplo disso é que 5,5 milhões de crianças não têm o nome do pai na certidão de nascimento, conforme dados do Conselho Nacional de Justiça de 2011.

Nossa cultura tradicionalmente patriarcal isentou o homem da responsabilidade de criar e cuidar dos filhos, cabendo à mulher essa tarefa, e a participação dos pais, quando ocorre, é mínima na maioria dos casos. Isso é reforçado até no trabalho: enquanto a licença-maternidade é de quatro meses para a mulher, para o homem é de apenas 5 dias.

Nesse cenário social, é difícil que o pai se engaje nos cuidados com o filho tanto quanto a mãe. Além disso, é mais comum que as mulheres cozinhem para as crianças, lavem suas roupas, deem banho, ajudem nas tarefas da escola e sejam as principais responsáveis pelos cuidados dos filhos.

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A ressignificação da paternidade no mundo contemporâneo

Ser pai é cuidar, ensinar, acolher, proteger, oferecer afeto, amor, presença e tudo o que é importante para o filho. Pai não é só o homem ou quem tem o mesmo DNA da criança, é quem lhe oferece tais cuidados. Mesmo que os pais sejam divorciados ou não morem com seus filhos, a paternidade é a mesma! Pai e mãe devem ter igual responsabilidade na criação dos filhos!

Atualmente, as mulheres têm uma vida mais participativa na sociedade — trabalham, estudam e conciliam suas tarefas para cuidar dos filhos. Muitos pais têm percebido isso e reconhecido que precisam estar mais presentes no cuidado dos filhos.

As novas gerações, principalmente os millennials — pessoas na faixa de 35 anos —, têm uma visão mais ampliada do que é ser pai, buscando evoluir e tornar mais igualitário o cuidado dos filhos. Essa geração recebeu uma criação diferente daquela recebida pelos pais e avós, assim, seu modo de pensar reflete no comportamento e no modo de encarar a vida, compreendendo que a sociedade precisa ser mais igualitária para homens e mulheres.

Isso faz com que os pais de hoje em dia deem mais atenção aos filhos, passem mais tempo com eles, troquem fraldas, deem banho, realizem atividades domésticas e outras tarefas que eram exclusivas das mães, pois entendem que têm 50% da responsabilidade na criação e cuidado com o filho, assim como a mãe, não sendo um mais importante que o outro — ambos são essenciais para o desenvolvimento da criança.

Mais do que obrigação e responsabilidade, os pais têm demonstrado mais afeto pelos filhos, isso porque nos dias de hoje os homens se permitem sentir e demonstrar emoções, diferentemente das gerações anteriores, que pregavam que o homem não podia chorar ou se mostrar sensível, pois era visto como fraco.

Hoje, eles dedicam mais tempo à criação de seus filhos, pois entendem que a troca de afeto e o cuidado com o próprio filho é gratificante e que essa relação é muito importante para a criança, e que além de ensinar também se aprende muito com ela.

Tendências para a paternidade

A sociedade está em constante transformação, e a paternidade tem acompanhado essas mudanças e sendo ressignificada, trazendo consigo novas formas de ser pai, por meio de comportamentos e pensamentos que quebram a tradição do papel paterno.

Os pais das novas gerações tendem a apresentar atitudes diferentes do que víamos no passado, tornando um hábito daqui para a frente e tornando mais igualitária a criação dos filhos.

Veja algumas tendências para a paternidade!

Pai desde a gestação

Desde que descobre que será pai, a pessoa que representa esse papel acompanha toda a gestação: lê livros a respeito do assunto, acompanha a mãe nas consultas médicas, ajuda e apoia quando ela está com alguma dificuldade, conversa com profissionais para aprender como contribuir para tornar a experiência mais simples e prazerosa, participa do parto, escolhe o nome, compra as roupas do bebê, arruma o quarto, entre outros.

Criação com apego

Exercer a paternidade com apego significa utilizar ferramentas que estabeleçam um vínculo entre pai e filho, fortalecendo a relação através da presença constante e do atendimento das necessidades da criança de forma amorosa, ao oferecer atenção, ajuda, diálogo, disponibilidade, carinho, acolhimento, confiança, ensinamentos, experiências significativas, entre outros.

Essa afetividade permite que a criança veja o pai como uma figura acolhedora, com a qual pode sempre contar e aprender, como um referencial seguro para encarar a vida e se desenvolver.

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Divisão das tarefas

Criar uma criança não é uma tarefa fácil! Os pais da atualidade têm assumido e dividido com a mãe mais responsabilidades nos cuidados do filho: preparam as refeições, dão banho, trocam fraldas, levam ao médico, verificam o que precisa ser comprado, ajudam nas tarefas escolares, levam passear, cuidam para a mãe fazer outras tarefas, entre outros.

Passar mais tempo com o filho

Os pais da modernidade entendem que somente pagar as contas não é ser pai. É preciso participar ativamente da vida da criança, no seu tempo livre para se dedicar ao filho e no dia a dia também, por exemplo, levar e buscar o filho na escola, fazer o jantar, compartilhar o momento da refeição, auxiliar nas tarefas de casa, ajudar no banho, colocar para dormir, levar para comprar roupa, entre outras atividades do cotidiano; e no tempo livre passear, brincar juntos ou fazer algo que a criança gostaria.

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Novos modelos de paternidade

Paternidade não está mais associada ao pai biológico, já que pode ser exercida por quem representa esse papel — quem cuida, quem cria e quem dá afeto.

A adoção também se faz presente na paternidade nos dias atuais e vem ganhando força, enfatizando que pai é aquele que cria, consolidando os novos modelos de família: dois homens que decidem adotar uma criança, por exemplo.

Em muitas famílias é o pai quem passa mais tempo em casa e participa mais ativamente do cuidado dos filhos, além de realizar as atividades domésticas. Isso tem se tornado cada vez mais comum e necessário.

Vale ressaltar que assumir a paternidade presente nos dias de hoje não se trata de algo a mais que os pais têm feito, mas sim o que deve ser feito e não faziam.

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Qual a importância da paternidade na vida de crianças e adolescentes?

Crianças e adolescentes são bastante influenciados pelos referenciais adultos que fazem parte de suas vidas — a figura do pai é uma das principais, pois contribui para o desenvolvimento em todas as suas dimensões.

Os filhos tendem a se identificar com os pais e reproduzir o que aprenderam com eles, pois o veem como detentor de maior conhecimento e uma bússola de certo e errado. Eles aprendem com os pais como se relacionar com os outros, consigo mesmo e com o mundo, e são influenciados na sua formação como pessoa, através de sua personalidade e identidade.

Por isso, a paternidade presente é fundamental para os filhos, pois oferece uma base para a criança se desenvolver e se tornar um adulto que recebeu atenção, carinho, cuidado, proteção, ensinamentos e todas essas atitudes que fazem toda a diferença na formação saudável.

Com relação à vida escolar, a participação ativa do pai contribui significativamente para um bom desempenho acadêmico dos filhos, pois, quando recebem apoio para estudar, sentem-se mais seguros e motivados, e sabem que não estão sozinhos e que podem pedir ajuda quando tiverem dificuldades.

A aprendizagem está diretamente associada às emoções, e as trocas de afeto com os pais configuram as primeiras relações de uma criança. A maneira com que essas relações são cultivadas as ensinam a interagir, se comunicar e a desenvolver habilidades sociais, como a empatia, tão fundamental para a vida escolar. Algumas atitudes que os pais podem ter para estarem presentes na educação dos filhos são:

O SAE Digital lançou a Escola de Pais para reforçar a importância da participação dos pais e responsáveis na educação dos seus filhos, com o intuito de oferecer informação, formação, conhecimento e reflexão, por meio de materiais de leitura e orientação, eventos de entretenimento e interações digitais, que enfatizam que tanto a escola quanto a família têm seus papéis na educação dos seus filhos e alunos.

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