liderança no ambiente escolar

A pandemia acelerou processos e provocou mudanças em praticamente todos os setores da sociedade. Com a educação, não foi diferente. O ensino remoto e a possibilidade de adoção do modelo híbrido fizeram com que o educador escolar assumisse um novo papel.

Diante desse cenário, o professor deve exercer um papel de liderança no ambiente escolar. Na prática, o educador precisa ter confiança em tudo o que faz e em sua função estratégica nas rotinas em sala de aula.

Por isso, para que se tornem líderes bem-sucedidos, é muito importante potencializar a inteligência emocional entre os educadores. Para atingir o empoderamento esperado, os profissionais da educação devem desenvolver a empatia, a comunicação interpessoal, a autoliderança e o autoconhecimento.

Vale lembrar que, entre os 4 pilares da inteligência emocional, destaca-se o autoconhecimento. Para o educador, o desenvolvimento dessa habilidade faz toda a diferença diante do desafio de liderar e gerir pessoas.

Como o boom tecnológico trouxe inúmeras possibilidades para o dia a dia no espaço escolar, cabe ao educador assimilar essas evoluções cada vez mais aceleradas e ir além da mediação do conhecimento, pois ele é peça-chave no desenvolvimento global dos estudantes. Com a implementação do ensino remoto, o professor foi desafiado a assumir uma postura mais atuante.

O novo papel do educador escolar exige criatividade, engajamento e reciprocidade. Além disso, é fundamental reconhecer o aluno como sujeito e o contexto em que ele está inserido. Assim, o professor precisa reorganizar tudo o que foi elaborado na fase pandêmica e captar o essencial dessa experiência, sobretudo no que se refere à humanização.

O educador deve ser engajado e ter habilidade para aliar outras competências essenciais para o êxito do processo de ensino e aprendizagem. A tecnologia educacional será uma grande aliada nessa disrupção rumo a uma nova jornada de ações em sala de aula.

Esse novo contexto requer que o educador vá além do pleno domínio das ferramentas tecnológicas. Certamente, um dos grandes desafios será o investimento cada vez mais constante no conhecimento e no aprimoramento das mais diversas áreas para alavancar as habilidades necessárias.

Se o autoconhecimento passa a ser um predicado obrigatório para o novo papel do educador na fase pós-pandemia, pode-se dizer que essa atribuição deve se estender aos demais profissionais que atuam no ambiente escolar em um futuro próximo. Afinal, esse pensamento é primordial para que a instituição alcance os resultados esperados com mais facilidade.

Atualmente, é imprescindível que o educador conheça detalhadamente as suas turmas. Isso significa compreender o contexto socioeconômico em que estão inseridos para promover a mobilização dos estudantes a partir dos próprios interesses.

Se o educador não tem essa visão, provavelmente não vai conseguir engajar os alunos como esperado. Para que a interação seja realidade, o professor deve se reinventar, reorganizar e replanejar. Buscar a motivação dos estudantes é o grande compromisso do profissional da educação na atualidade.

Desafios do novo papel do educador escolar

O novo papel do educador exige uma postura que vai além de entender a escola como um espaço de preparação do estudante para seguir uma carreira na vida adulta. Atualmente, é preciso ter em mente o impacto das rotinas em sala de aula para todo o desenvolvimento das crianças e dos adolescentes.

Nesse processo, o professor desempenha um papel essencial. Por essas e outras razões, o educador líder é aquele extremamente atento e capaz de identificar os pontos fortes e os pontos de melhoria que precisam ser desenvolvidos pelos alunos, além de prepará-los para o convívio social e para o mercado de trabalho.

Conforme preconizado pela educação 4.0 e 5.0, o educador deve ser flexível e perceptivo para promover um ambiente empreendedor e criativo. Dessa forma, seu posicionamento permite que transite entre os papéis de facilitador, mentor e mediador para garantir o aprendizado autônomo em qualquer situação. Ademais, o profissional da educação deve estar aberto para também ser aprendiz e atualizar as práticas pedagógicas.

O grande desafio da escola e do educador é preparar os alunos, em todos os níveis da educação básica, para que sejam capazes de atribuir significado a tudo o que está no entorno, ou seja, que tenham condições de compreender os contextos e descrever os sentidos que surgem. Portanto, o meio escolar tem um papel transformador ao permitir às crianças e aos adolescentes que desenvolvam uma interpretação ampla e única do mundo à sua volta.

Caminhos para otimizar o ensino híbrido digital

Além de estar preparado para atuar no atual contexto, o educador precisa:

  1. Investir na preparação de aulas diferenciadas e com excelente qualidade.
  2. Dedicar-se à elaboração de um plano de ensino-aprendizado individualizado, produzido com base em dados. Essa atitude é essencial.
  3. Apropriar-se das ferramentas digitais com o objetivo de assegurar o aprendizado coletivo.
  4. Apostar na gamificação da dinâmica de ensino e aprendizagem.
  5. Garantir o bom aproveitamento do tempo livre em sala de aula para potencializar conhecimentos ou para utilizar novas metodologias ativas.
  6. Favorecer o papel de protagonismo do estudante na jornada de produção de conhecimento.
  7. Valorizar o repertório de cada estudante, uma vez que é impulsionador do processo de ensino e aprendizagem e será peça-chave para o engajamento e a interação.
  8. Reconhecer e valorizar a aprendizagem significativa.

O novo papel do educador exige um olhar apurado para as possibilidades do ensino digital. Os chamados nativos digitais, a geração Z, têm os celulares como item indispensável no dia a dia. Essa ferramenta deve receber atenção dos professores.

Assim, as telas devem ser consideradas aliadas e não barreiras no processo de ensino e aprendizagem. Isso significa, por exemplo, aumentar as chances de despertar o interesse de crianças e adolescentes para as dinâmicas propostas no ambiente escolar.

Ao ignorar a realidade das novas gerações, a construção de uma jornada efetiva de produção do conhecimento e de amplo desenvolvimento dos estudantes fica limitada. Quando os alunos ficam desmotivados, eles deixam a escola em segundo plano e se distanciam cada vez mais de qualquer iniciativa escolar que não esteja de acordo com o mundo atual e com as suas realidades.

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Conheça as vantagens do ensino digital

Entre as atribuições dos educadores neste novo momento, destaca-se também a necessidade de afastar dos alunos possíveis distrações. Ao mesmo tempo em que trouxe inúmeros recursos pedagógicos, a era digital é repleta de atrativos que podem tirar o foco das aulas de crianças e adolescentes.

Além disso, é preciso cuidar da qualidade das informações. Faz parte do novo papel do educador ensinar os alunos a buscar fontes confiáveis na internet, tornando-se curador dos conteúdos para os estudantes.

Em paralelo, cabe ao professor estimular o pensamento crítico, o que inclui o cuidado com a superficialidade dos conteúdos. Essa orientação será primordial para a construção de uma jornada de sucesso em direção ao conhecimento e para a garantia do desenvolvimento total dos estudantes.

Por essas razões, o novo papel do educador escolar é sinônimo de liderança. Assim, mais que ensinar, o professor tornou-se um agente ativo de transformação no ambiente escolar. Como gestor de sua turma, deve ser capaz de ir além da grade curricular.

O educador escolar, sobretudo na fase pós-pandemia, deve ajudar a fortalecer laços e criar dinâmicas que vão além das paredes da sala de aula. Os alunos, por sua vez, precisam entender que ocupam o papel de protagonistas no processo de ensino e aprendizagem. Apenas dessa forma será possível formar cidadãos realmente conscientes do seu lugar no mundo e capazes de conduzir as mudanças esperadas em todos os setores da sociedade.

Diante desse cenário, a capacitação deve ser uma prioridade para o educador escolar. Cabe à escola também proporcionar essa atualização constante, pois é essencial para a descoberta de tendências e de novos recursos. As trocas reais com os alunos também serão de grande aprendizado para os profissionais da educação.

O contato com as ferramentas tecnológicas permite explorar novos conceitos, ativa conexões neuronais alternativas para o aprendizado, além de ser ponto de partida para despertar e potencializar o interesse dos alunos.

Por isso, apropriar-se dos benefícios da tecnologia é essencial. Os recursos devem ser considerados como meios para empreender e buscar a humanização do ensino, dando espaço ao desenvolvimento de competências e habilidades cada vez mais necessárias.

A união de todos os profissionais que atuam na escola é estratégica para que essa evolução se torne, de fato, possível. O desafio está colocado para todos os que trabalham diariamente para uma educação transformadora.

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