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Abordar a saúde mental nas escolas é essencial para o desenvolvimento saudável dos alunos, especialmente durante o Setembro Amarelo. Criar um ambiente acolhedor e promover discussões abertas são passos cruciais para uma juventude saudável e feliz.

O que é o Setembro Amarelo?

O Setembro Amarelo é um mês dedicado à conscientização sobre a prevenção do suicídio.

A campanha foi introduzida no Brasil em 2013 por Antônio Geraldo da Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

A iniciativa visa quebrar tabus, reduzir estigmas e incentivar as pessoas a buscar e oferecer ajuda. A Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca que o suicídio é uma das principais causas de morte entre jovens de 15 a 29 anos, com cerca de 14 mil casos anuais no Brasil. Portanto, a discussão sobre saúde mental deve ser contínua, especialmente nas escolas.

É essencial abordar temas como depressão, traumas emocionais, doenças graves e bullying, que podem levar ao suicídio. A escuta ativa é crucial, e os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) dão exemplos de boas práticas, atuando na prevenção de vulnerabilidades.

Falar sobre emoções e saúde mental deve ser uma prática rotineira para apoiar o desenvolvimento emocional dos estudantes.

Como surgiu o Setembro Amarelo?

O Setembro Amarelo teve início nos Estados Unidos em 1994, quando Mike Emme, um jovem de 17 anos, cometeu suicídio.

Mike era conhecido como “Mustang Mike” por ter restaurado e pintado um Mustang 68 de amarelo. Em seu velório, amigos e familiares distribuíram cartões com fitas amarelas e a mensagem “Se você precisar, peça ajuda”.

Essa iniciativa se tornou um símbolo de prevenção ao suicídio. Inspirada por essa ação, a campanha foi trazida ao Brasil em 2015 pela ABP, em conjunto com o Centro de Valorização à Vida (CVV) e o Conselho Federal de Medicina (CFM), para promover a conscientização sobre saúde mental.

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Qual é a importância do Setembro Amarelo?

O Setembro Amarelo é crucial para a conscientização sobre a prevenção do suicídio, um problema de saúde pública global.

A campanha visa quebrar o tabu em torno do suicídio, encorajando conversas abertas sobre saúde mental e incentivando as pessoas a buscar ajuda.

O objetivo é promover a identificação precoce de sinais de sofrimento emocional e educar a população a respeito da importância do suporte emocional.

Ao aumentar a visibilidade do tema, a campanha ajuda a salvar vidas, reduzindo o estigma e promovendo a empatia e o cuidado com as pessoas em risco.

Qual é o papel das escolas no Setembro Amarelo?

As escolas desempenham um papel fundamental na conscientização sobre saúde mental entre os jovens. Elas podem criar um ambiente seguro e acolhedor para a discussão de temas relacionados à saúde mental, identificando sinais de alerta e oferecendo suporte adequado.

Porém, a importância de discutir a saúde mental e emocional nas escolas vai além de setembro, devendo abranger o ano letivo inteiro. Criar redes de apoio é essencial para a escuta e o acolhimento dos alunos. É crucial que os estudantes se sintam confortáveis para falar sobre seus sentimentos, algo que se desenvolve com o tempo.

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Como os educadores podem ajudar?

Os educadores desempenham um papel crucial na promoção da saúde mental nas escolas. Confira a seguir algumas formas de ajudar.

  1. Educação e sensibilização: informar e educar os alunos sobre saúde mental, utilizando materiais didáticos e promovendo discussões abertas.
  2. Observação e identificação: estar atento ao comportamento dos alunos para identificar sinais de problemas emocionais ou de saúde mental.
  3. Apoio e acolhimento: criar um ambiente seguro e acolhedor onde os alunos se sintam confortáveis para expressar seus sentimentos e preocupações.
  4. Encaminhamento para ajuda especializada: orientar e encaminhar alunos que apresentem sinais de sofrimento emocional para profissionais de saúde mental.

Educadores também podem participar de treinamentos específicos para lidar com questões de saúde mental, além de promover atividades que incentivem o bem-estar emocional e a resiliência entre os estudantes.

A importância do CRAS para a saúde mental

Os CRAS (Centros de Referência de Assistência Social) oferecem suporte essencial às famílias em situação de vulnerabilidade social, incluindo apoio psicológico. Eles ajudam a conectar indivíduos com serviços de saúde mental e oferecem orientação e suporte contínuo, atuando em três áreas principais:

  1. Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF) – apoia famílias, entendendo seu contexto para traçar estratégias de superação, incluindo a prevenção ao suicídio.
  2. Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) – promove atividades que fortalecem laços sociais.
  3. Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio – atende pessoas com deficiência e idosos em suas casas.

Para acessar esses serviços, as famílias devem se cadastrar no CRAS de sua cidade. Eles estão distribuídos em 266 municípios, o que demonstra a abrangência e a importância desse apoio comunitário.

Como abordar a saúde mental nas escolas de forma responsável e acolhedora?

Capacite a equipe

Para promover uma cultura de saúde mental, capacite a equipe com informações de qualidade e cursos. Isso inclui preparar os educadores para observar sinais de alerta e garantir que a escola promova:

Integre o tema na sala de aula

A saúde mental deve ser discutida regularmente, por meio de projetos, seminários, discussões literárias e outras atividades pertinentes. Isso ajuda a eliminar estigmas e promove a conscientização entre os alunos.

Crie um ambiente de acolhimento e inclusão

Promova um ambiente que:

Trabalhe com a comunidade

Conecte-se com as famílias e incentive uma abordagem colaborativa para apoiar a saúde mental dos alunos. Esteja atento a comportamentos de segregação e agressividade, e priorize vínculos de afeto e respeito.

Abordar a saúde mental nas escolas é essencial para o bem-estar dos alunos. Embora desafiador, é um passo crucial para construir um ambiente de acolhimento e aprendizado, preparando os alunos para um futuro mais saudável e consciente.

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