Depois da gripe H1N1, causada pelo vírus Influenza, a proliferação e a presença do novo Coronavírus nas escolas tem preocupado pais, educadores e governantes. Portanto, é crucial que as escolas estejam preparadas para retardar e combater o avanço da COVID-19, doença causada por esse vírus, tendo como papel principal o planejamento e a organização de atividades que promovam o aprendizado e engajamento de todos.
As escolas são ambientes propícios para a propagação de vírus causadores de doenças, como resfriados e gripes, pois são espaços que inevitavelmente atuam como aglomerados de pessoas, em especial das crianças, que costumam manter contato físico – o que facilita a transmissão desses agentes patogênicos.
Neste texto, reunimos algumas dicas de ações para conscientizar alunos, professores, gestores, funcionários, pais ou responsáveis e comunidade, com o objetivo de prevenir a doença nas instituições de ensino e, consequentemente, em outros ambientes que esses envolvidos frequentem.
Mas antes de entrarmos nessas sugestões de atividades, vale reforçar algumas informações sobre a doença, conforme disseminado pelo Centro de Contingência do Estado de São Paulo..
A transmissão da COVID-19 acontece das seguintes maneiras:
- Espirro.
- Tosse.
- Catarro.
- Gotículas de saliva.
- Contato próximo, como toque ou aperto de mão com pessoa infectada.
- Contato com objeto ou superfícies contaminadas, seguido de contato com boca, nariz ou olhos.
Os sintomas da COVID-19 são semelhantes aos de uma gripe comum:
- Febre
- Tosse seca.
- Coriza e congestão nasal.
- Dor de garganta.
- Em casos mais graves, dificuldades para respirar.
As práticas de prevenção para combate de resfriados e gripes, não apenas a COVID-19, são:
- Lavar as mãos frequentemente por pelo menos 20 segundos com água e sabão, ou álcool em gel, especialmente antes e depois de refeições, após ir ao banheiro, depois de cuidar de pessoas doentes e após espirrar ou tossir.
- Ao tossir ou espirrar, cubra a boca usando o braço ou um lenço, o qual deve ser descartado imediatamente.
- Evitar o contato das mãos com boca, olhos e nariz.
- Evitar ambientes fechados e com aglomeração de pessoas.
- Evitar contato com pessoas que apresentem os sintomas da enfermidade.
- Ficar afastado do ambiente escolar quando diagnosticada a doença.
- Não compartilhar objetos de uso pessoal, como copos, talheres e itens de higiene.
- Manter os locais bem ventilados.
- Higienizar de forma eficiente (com água sanitária e/ou álcool) os equipamentos e ambientes de uso comum.
- Conscientizar a comunidade escolar sobre a importância da vacinação, quando disponível.
Em caso de dúvidas ou sintomas, procure ajuda médica. Para facilitar o acesso a informações e aos profissionais da saúde, o Governo disponibilizou o aplicativo Coronavírus – SUS. Com ele, você pode conferir os sintomas, como lidar com a doença, as últimas notícias e quais são as unidades básicas de saúde mais próximas. O app pode ser instalado em dispositivos com Android ou iOS.
1. Informar os familiares
De nada adianta a escola planejar ações de sanitização, ter cuidados redobrados com a interação dos frequentadores do seu espaço e disseminar informações de prevenção ao coronavírus nas escolas se tudo isso não for levado também para outros ambientes que façam parte da rotina deles.
Na instituição de ensino, os estudantes podem estar protegidos, mas, se as boas práticas orientadas pelas organizações de saúde não forem aplicadas nos demais recintos, as crianças podem se contaminar e levar o vírus para o ambiente escolar, que se tornará um meio propagador da doença.
Pais, responsáveis e, sempre que possível, toda a comunidade em torno da escola precisa receber atenção e informação sobre a COVID-19. Assim, comunicados constantes e claros são de extrema importância. Vale ressaltar apenas a cautela com o tom de linguagem utilizado nessas mensagens, pois a ideia é informar, e não causar pânico.
2. Combater as fake news
Aliás, um dos maiores problemas quando a epidemia de qualquer doença acontece é a histeria, o que muitas vezes é ocasionada por notícias falsas, as famosas e prejudiciais fake news. Para que os estudantes estejam conscientes de que é preciso verificar a confiabilidade das fontes de informações que encontram na internet, e até mesmo orientar aos familiares dessa prática, o professor pode conduzir um jogo dentro de sala de aula.
A ideia é relativamente simples. Antes de iniciar a atividade, o material que precisa ser previamente providenciado são placas com os termos “Fato” e “Fake“, que podem estar em lados opostos da mesma placa, evitando desperdício de material. O primeiro passo na realização da ação é dividir a turma em equipes, de forma que não fiquem muito grandes (de 5 a 8 integrantes é o ideal).
Esclareça as regras do jogo para os alunos, que são basicamente: resposta correta vale 2 pontos e resposta errada desconta 1 ponto. Cada rodada deve ter um tempo determinado para que os grupos debatam, pesquisem e decidam se a proposição da vez é verdadeira ou falsa.
Para coletar hipóteses já verificadas, o educador pode consultar esta página do Ministério da Saúde ou o site do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo. Ambos contam com espaços para esclarecer equívocos ou afirmar situações e informações veiculadas em portais e redes sociais.
Lembre-se de que momentos assim são importantes para o trabalho colaborativo e que não há perdedores ou ganhadores, pois todos saem com conhecimentos. Ou seja, não se trata de uma disputa, mas de uma estratégia para troca de conhecimentos e experiências sobre o coronavírus nas escolas .
Finalizado o jogo, promova um diálogo sobre como a confiabilidade das informações é colocada à prova em consequência da rápida propagação das fake news. Proponha alguns questionamentos, como:
- Quais são as consequências das fake news no cotidiano?
- Por que é importante checar as informações?
- Como verificar se uma informação é falsa ou verdadeira?
3. Confeccionar cartazes de prevenção ao coronavírus nas escolas
Uma das maneiras mais eficientes de assimilar novos conhecimentos é produzir conteúdos com aquilo que foi aprendido. Aproveitando o gancho da sugestão de atividade anterior, uma ação subsequente é a confecção de cartazes e painéis, uma prática interessante para consolidar o aprendizado dos alunos sobre o coronavírus nas escolas.
Com base em fontes confiáveis, como todas as mencionadas anteriormente nesta matéria, os estudantes podem usar cartolinas, papéis pardos, folhas sulfite ou qualquer outro tipo de material para criar textos, colagens, desenhos, tabelas, infográficos e até mapas epidemiológicos. A criatividade é quem deve mandar nesse momento.
Essas obras podem ser fixadas nos corredores, pátios, quadras ou em áreas que tenham visibilidade externa, atuando assim como uma forma de informar também a comunidade escolar – necessidade que levantamos no primeiro tópico.
4. Criar histórias em quadrinhos
Tendo em mente essa mesma premissa de consolidar o conhecimento dos alunos sobre o coronavírus nas escolas, o professor pode selecionar assuntos relacionados ao Coronavírus e organizar duplas ou trios para que produzam histórias em quadrinhos, esclarecendo ou disseminando informações sobre sintomas, formas de contaminação e métodos de prevenção da doença.
Novamente, a liberdade criativa deve imperar nessa atividade, sem limite de quadros ou páginas. O importante é apenas que a história contada tenha coesão e coerência, tendo começo, meio e fim – reforçando assim o aprendizado de elementos de produção textual e narrativa. Com as HQs prontas, o educador pode programar uma exposição, convidando outras turmas para conferir os trabalhos.
Caso a escola tenha uma boa estrutura de tecnologia, essas histórias em quadrinhos podem virar animações, por meio de softwares como Scratch, Comic Creator e Máquina de Quadrinhos. Esses programas funcionam de forma modular e composição no estilo “arrastar e soltar”, ou seja, não é necessário saber programar para criar as animações.
5. Dramatizar cenas reais de prevenção ao coronavírus nas escolas
Outra possibilidade de atividade é a encenação de situações reais. Em equipes, os alunos podem criar roteiros a serem dramatizados para o restante da turma e até mesmo para a escola toda, se assim quiserem e for viável. A cena não precisa ser longa, apresentações de 10 minutos já são suficientes para transmitir uma mensagem completa de prevenção ao coronavírus nas escolas, o COVID-19.
Fica a critério do professor ou dos estudantes se os roteiros devem seguir alguns temas específicos ou se a escolha do assunto será livre. Contudo, nesse segundo caso, é prudente que o educador tenha algumas sugestões previamente pensadas para ajudar grupos que tenham alguma dificuldade para contextualizar uma situação cotidiana na forma de roteiro.
O momento é de cautela máxima, mas isso não significa que o aprendizado precisa ser interrompido. Na verdade, o compartilhamento de conhecimento é que fará toda a diferença para que possamos juntos combater essa e outras epidemias que apareçam e estejam relacionadas ao ambiente escolar.
Por fim, é importante ressaltar que o SAE Digital, por meio de seus materiais hiperatualizados, assessoria pedagógica efetiva e tecnologias educacionais, atua de maneira a oferecer todo o suporte necessário para as escolas conveniadas enfrentarem esse período conturbado. Para saber mais, clique aqui.
Até a próxima!