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O Movimento Maker é um termo usado para descrever a cultura do “faça você mesmo”. Ou seja, a ideia é de que qualquer pessoa – independente da sua idade ou experiência – possa colocar a mão na massa, desenvolvendo com autonomia os mais diversos projetos e objetos. É um exercício de criatividade e de protagonismo – um conceito bastante explorado pela Base Nacional Comum Curricular. Não é à toa que o Movimento Maker é uma das grandes tendências na educação.

No começo pode parecer complicado desenvolver essa cultura em sua escola. Mas tenho uma boa notícia: qualquer um pode fazer parte do Movimento Maker! E para isso não é preciso ter um laboratório em sua escola. Quer saber como a cultura do “faça você mesmo” pode beneficiar a sua prática em sala de aula e os seus alunos? Descubra no texto de hoje!

Quais são as vantagens do Movimento Maker?

Assim como qualquer nova tecnologia ou solução didática, a cultura Maker também não é capaz de trazer resultados sozinha. Ela precisa ser integrada de maneira relevante ao currículo, ao planejamento e à prática pedagógica. Quando isso acontece, ela pode trazer diversas vantagens para o processo de ensino e aprendizagem. Conheça algumas delas!

O que as crianças e os adolescentes podem criar com o Movimento Maker?

É muito comum relacionar o Movimento Maker à robótica ou à tecnologia. Mas este não é o único jeito de “colocar a mão na massa”. Crianças e adolescentes podem exercitar a sua criatividade e o seu protagonismo em diferentes tipos de criação – desde brinquedos e ferramentas até novos gêneros digitais! Quer conhecer algumas possibilidades – não tão óbvias – para trabalhar a cultura Maker em sala de aula? Confira na sequência!

Movimento maker: Jogos e brinquedos

Durante as primeiras fases da Educação Básica, toda criança provavelmente irá produzir brinquedos a partir de sucata. Esta é uma iniciativa que tem o espírito da cultura Maker! Mas por que parar por aí? Além de brinquedos, crianças e adolescentes podem criar jogos de cartas, de tabuleiro e novas modalidades esportivas – idealizando desde o equipamento necessário até as regras do jogo.

Ferramentas e objetos variados

Instrumentos musicais, móveis, ferramentas, objetos de decoração. Independente dos materiais que estiverem à disposição, os estudantes podem soltar a criatividade, fazendo releituras ou inventando novos designs para serem utilizados no dia a dia.

Movimento maker: Tecnologia

A tecnologia e a robótica são facilmente associadas ao Movimento Maker. É possível encontrar na web diversos projetos de robôs, máquinas e equipamentos científicos de livre utilização (open source). Idealizar um projeto Maker com o uso da tecnologia é mais fácil quando a escola dispõe de um laboratório equipado – mas esta estrutura não é imprescindível.

Softwares e aplicativos

Além do hardware, os estudantes podem colocar a mão na massa idealizando e desenvolvendo novos softwares e aplicativos. Também existem diversos códigos de livre utilização que podem ser utilizados como modelo para esse trabalho.

Novos canais, gêneros digitais e formatos de conteúdo

Meme, gif, vlog, stories, booktubers, game play… Pode até ser que você não esteja familiarizado com todos esses termos, mas os seus alunos estão! Os jovens das novas gerações já estão consumindo em grande quantidade o conteúdo produzido por eles mesmos. Então por que não se aproveitar desses novos gêneros e formatos para fomentar a cultura Maker em sua escola?

Movimento maker: Roupas e acessórios

Como já vimos, o Movimento Maker não tem a ver apenas com a tecnologia. Ele também pode ser uma alternativa para o desperdício e para o consumismo. Por meio de técnicas diversas é possível criar novas peças de vestuário, calçados e acessórios, ou até mesmo transformar e dar vida nova a peças antigas.

Produtos alimentícios, cosméticos e de higiene

O Movimento Maker também pode estar presente na produção e na fabricação artesanal de alimentos, cosméticos, produtos de higiene e de limpeza. Além de divertido e educacional, ainda é uma alternativa ao consumo de produtos industrializados.

Como posso começar um movimento Maker na minha escola?

Se interessou pela cultura Maker e quer começar um movimento como esse em sua escola? A boa notícia é que você não precisa ter uma verba extraordinária ou um laboratório de robótica. A seguir, listamos 5 passos simples para despertar a cultura do “faça você mesmo” no seu ambiente escolar e começar a colher os resultados. Confira!

  1. Leve sugestões para as reuniões pedagógicas e certifique-se de inserir essa prática de maneira relevante no currículo e no planejamento escolar.
  2. Desenvolva essa cultura e estimule a capacidade criadora dos alunos em todos os componentes curriculares – não apenas no de Ciências.
  3. Proponha desafios. Procure “gamificar” o processo para aumentar o engajamento dos alunos.
  4. Construa espaços para produção, exposição e reconhecimento dos trabalhos dos alunos.
  5. Promova feiras, eventos e premiações. Compartilhe as criações dos estudantes com as famílias e com a comunidade escolar.

Para finalizar, separei para você um vídeo muito legal, que prova que o movimento Maker pode chegar a qualquer lugar! Conheça a história da professora Débora Garofalo, finalista do Global Teacher Prize 2019, que transformou a realidade de uma escola na periferia de São Paulo/SP a partir da cultura Maker.

O que achou das sugestões? A internet está cheia de boas ideias para promover o Movimento Maker. Compartilhe as suas experiências nos comentários!

 

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